Uma descoberta feita pela norte-americana Atara Biotherapeutics conseguiu reverter com sucesso a progressão da esclerose múltipla em pouco mais de 20 pacientes.
A técnica utiliza células T ligadas ao sistema imunológico. Apesar de se tratar de um estudo de pequena escala, os exames feitos no cérebro indicam que a progressão da doença foi travada e em alguns dos casos foi mesmo revertida.
Após a terapia revolucionária, alguns pacientes reveleram caminhar sem dores. Os primeiros resultados foram apresentados em São Francisco, EUA, no mês passado e são promissores.
Como combate a doença
O foco do tratamento é o vírus de Epstein-Barr, tido por muitos como o potencial causador desta misteriosa doença incurável, sendo que na base estão células T retiradas de pessoas que foram capazes de combater o vírus.
A terapia consiste na injeção de pacientes com esclerose múltipla destas células T imunitárias. Foram, ao todo, 24 pacientes que se submeteram à terapia durante um ano.
Alguns dos participantes prolongaram a terapia, iniciada em 2017, por mais três anos.
Fato extraordinário
O fato de ter existido alguma melhoria é, por si só, extraordinário, revelam os especialistas na doença.
“Quando um paciente atinge um certo nível de incapacidade, é muito raro verificar-se uma reversão natural. Não é expectável, dado o histórico da doença, verificar-se qualquer tipo de melhoria sustentada”, revelou ao Daily Mail o neurologista Mark Freedman.
Ensaios na fase 2
Apesar do entusiasmo, alguns pesquisadores têm criticado o estudo, seja pela sua reduzida dimensão, seja por outras questões técnicas.
A empresa está atualmente na segunda fase de ensaios clínicos, feitos em 80 participantes.
Com informações do NIT