Poder enxergar os filhos novamente foi a maior alegria da mãe Romilda Costa Attene, de 57 anos, após passar por seis transplantes de córnea.
Diagnosticada com a síndrome de Sjögren, ela percorreu um longo caminho até entender o motivo pelo qual as cirurgias não estavam corrigindo a visão dos olhos direito e esquerdo.
Hoje ela comemora e se emociona ao falar do assunto. Romilda conta como se sente aliviada ao poder voltar para a rotina que tinha antes da síndrome.
Só queria voltar a enxergar
Mesmo com um acompanhamento médico muito bem feito, essa mãe não sabia o porquê o tratamento não trazia resultados.
Foram várias consultas e exames realizados, porém Romilda não compreendia o motivo do seu corpo continuar rejeitando as córneas.
“Eu descobri a síndrome depois de fazer três transplantes. Eu tinha mais de quarenta anos, na época, a minha médica pediu para eu procurar um reumatologista para descobrir a causa”, conta.
Ela explica que sempre enxergou normal, mas após o primeiro transplante o quadro mudou. Foi quando ela descobriu a síndrome.
“Antes, meus olhos eram normais, eu enxergava normal. No último transplante, deu filamento na córnea, tive que fazer outro com urgência, porque deu perfuração. Foram vários transplantes, várias lutas”, explica.
Após descobrir o que causou esses episódios, ela relata que ficou mais tranquila. “Foi um alívio, pois eu não sabia o porquê do meu organismo rejeitar. Comecei a fazer o tratamento, graças a Deus, consegui controlar e fazer outro transplante. Agora vai dar tudo certo”, comemora.
Alegria para toda família
Essa mãe teve o apoio da família em todos os transplantes de córnea. Só que, como mãe e dona de casa, ela explica que sentia muita falta da rotina, de cuidar do lar e da família.
Quando não estava enxergando, ela conta se sentia mal por não executar as tarefas mais comuns.
“Você quer fazer caminhada, fazer tudo, cozinhar e se depara com algo que não pode fazer. É muito triste, é muito difícil e como fiz um transplante em cima de outro, achei que não iria dar certo”, desabafa.
Apesar de ainda precisar de acompanhamento médico nos próximos meses, Romilda garante estar bem.
“Eu tô enxergando, não sinto dor. Eles (médicos) estão avaliando os colírios que posso usar. Estou voltando à minha vida normal”, afirma.
Recomeço
Depois de passagens pelo hospital, ela comemora e agradece.
“Eu tive uma equipe que cuidou de mim e me ajudou muito. Eles não mediram esforços para estar comigo”, destaca.
Em casa, Romilda deixou de lado as preocupações e agora, aproveita o apoio dos familiares.
“A felicidade foi de todo mundo. Tudo que queria era nunca deixar de ver o rosto dos meus filhos e netos”, finalizou.
Com informações de Campo Grande News