Quando a gente comenta que brincar é terapia, nunca falamos tão sério! Agora, cientistas da ONG The National Institute for Play, comprovaram que alguns brinquedos trazem ótimos benefícios para o cérebro de adultos e crianças, principalmente para amenizar a ansiedade.
E eles ainda foram além e conseguiram detalhar o papel de brinquedos específicos na saúde cerebral. Cada tipo consegue atuar em áreas diferentes e, consequentemente, são indicados para casos específicos. (veja os brinquedos abaixo)
“Na verdade, qualquer atividade que envolva um trabalho manual faz com que a criança coloque o foco na brincadeira, minimizando os efeitos da ansiedade no organismo, pois ela transfere a tensão para o que está fazendo”, explica Ana Márcia Guimarães, membro do Departamento Científico (DC) de Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
A ideia de avaliar os brinquedos surgiu por causa de um dos maiores sucessos mundiais durante a pandemia, os “fidget toys”. Inicialmente criados para motivar o desenvolvimento de pessoas com autismo, esses brinquedos sensoriais estimulam o bem-estar, a concentração e reduzem o estresse.
Alguns brinquedos e o que provocam
O The National Institute for Play afirma que brincar com objetos tridimensionais, como o cubo mágico, por exemplo, age no lobo frontal, a área executiva do cérebro.
Os mais lúdicos, como bonecas, atuam no sistema límbico, das emoções.
Abraçar um ursinho de pelúcia, por sua vez, libera uma série de neurotransmissores, como a endorfina, que acalmam e relaxam.
As pessoas ansiosas, por sua vez, sentem conforto e tranquilidade com brinquedos que trazem a sensação de conforto. O cérebro desses pacientes gosta, por exemplo, de apertar uma bolinha que se expande, estourar plástico-bolha e ter uma pelúcia fofinha para abraçar sempre que sentir necessidade.
Deixar as mãos ocupadas executando uma tarefa repetitiva ajuda também a focar no presente e a se desligar do motivo que gera a ansiedade, afirmam especialistas.
O impacto é observado tanto em adultos, quanto em crianças. Mas no organismo em formação dos pequenos, ele é mais intenso, sobretudo no que tratamento da ansiedade.
Os 7 melhores brinquedos para o cérebro
E sabendo do contexto científico, nós pesquisamos os 7 brinquedos que são mais indicados para ajudar o cérebro de crianças e adultos a se manter saudável, ativo e sem estresse ou ansiedade.
- Massinha de modelar – Apertar uma massinha de modelar traz sensação de alívio. Além disso, esse brinquedo ainda proporciona a possibilidade de exercer a criatividade, fazendo a pessoa se concentrar naquele momento e esquecer os problemas que provocam a ansiedade.
- Pop-it – O brinquedo de silicone ajuda a aliviar a ansiedade por causa dos movimentos repetitivos, do toque suave à superfície emborrachada e do barulho semelhante ao estouro de bolhas. Tudo isso produz uma sensação agradável, porque ativa áreas do cérebro ligadas à gratificação, ao alívio e conforto.
- Spinner – O brinquedo giratório ajuda o cérebro a “desligar” do que acontece no entorno e a focar em apenas uma ação. Isso ajuda a esquecer das questões que geram ansiedade, por exemplo.
- Squishmallows – As pelúcias feitas de fibra de poliéster (tecido com uma textura macia) e com forma arredondada proporcionam uma estimulação tátil calmante e satisfatória. A superfície agradável e o design fofo são um convite para um abraço apertado. Abraçar libera uma série de neurotransmissores, como a endorfina, que acalmam e relaxam.
- Cubo infinito – Esse brinquedo é formado por 8 cubos pequenos que podem girar em qualquer direção e ângulo, sem restrições. Ele ajuda a manter o foco, além de estimular a criatividade.
- Slime – Proporciona alívio da ansiedade pela utilização do sentido tátil. Esse tipo de gel mais consistente ajuda a criança a se concentrar no presente, sendo uma distração para os problemas. Os barulhos produzidos com o apertar do brinquedo também geram boas sensações.
- Areia Cinética – A capacidade da areia cinética de se juntar ou se espalhar é encantadora. Essa característica traz curiosidade e ativa áreas do cérebro responsáveis pelo mecanismo de recompensa.
Com informações de Extra