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Voluntários ajudam 200 pessoas que vivem embaixo de viaduto: “a fome dói”
14 de junho de 2022
- Rinaldo de Oliveira
São mães solos, crianças, pais desempregados e idosos que foram parar debaixo do viaduto - Foto: Diário do Nordeste
São mães solos, crianças, pais desempregados e idosos que foram parar debaixo do viaduto - Foto: Diário do Nordeste

O que você faz quando vê famílias morando embaixo da ponte? A Cristina Silva de Souza, de 55 anos, viu mais de 50 famílias, incluindo 70 crianças, vivendo sob um viaduto em Fortaleza e sentiu que precisava fazer alguma coisa por elas.

São mães solos, bebês, pais desempregados e idosos num conglomerado de barracos de lona e papelão. Os sem-teto dividem histórias de fome e dificuldades.

E como Cristina tem um grupo de caridade, que consegue doações de água e alimento, ela leva o que pode para as as pessoas que vivem esse drama. “A fome dói. [Para] Muitas crianças, a única refeição do dia é a merenda da escola”, contou em entrevista ao Só Notícia Boa.

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Famílias se mudaram na pandemia

Muitas famílias foram parar no viaduto durante a pandemia, após perderem seus empregos e não conseguirem pagar o aluguel.

Foi o caso da moradora Flávia Câmara, 43, que chegou por lá junto aos filhos, ao marido e ao cachorro Black, em 2020, quando os bicos de faxina e em bufês sumiram, no isolamento social. Sem condições de continuar pagando aluguel, restou “descer” da rua para baixo do viaduto.

Cristina conta que, apesar de estarem numa avenida movimentada, onde centenas de carros passam a cada minuto, essas pessoas são invisíveis aos olhos da sociedade e do Governo, além de vítimas de preconceito e violência. “Já tentaram atear fogo e derrubar nosso barraco”, contou uma das moradoras que tem um neto de apenas 2 aninhos.

Segundo Flávia, intitulada “líder comunitária” de quem vive debaixo do viaduto, no total são 54 famílias, com 69 crianças e “140 e poucos” adultos habitando os barracos. A maior parte, ela afirma, já tentou conseguir o Aluguel Social do governo, mas sem sucesso.

Voluntários

Por meio de um duro trabalho independente, Cristina ajuda, como pode, famílias em situação de extrema pobreza há 12 anos. Recentemente, com doações de amigos, ela conseguiu levar água e algumas cestas básicas aos moradores do viaduto. Ela lembra que entre as grandes necessidades dessas famílias está a fome.

Por isso, ela está com uma campanha aberta no Só Vaquinha Boa para levar ajuda a essas famílias. A vaquinha é para a compra e entrega de cestas básicas e água a cada uma dessas mães solos e pais desempregados com seus filhos pequenos.

Para contribuir com essa iniciativa linda, sua doação pode ser feita via PIX:

familias-viaduto@sovaquinhaboa.com.br

Ou por meio do link da vaquinha clicando aqui.

Foto: Diário do Nordeste
Uma das crianças que vivem sob o viaduto -Foto: Diário do Nordeste
Foto: Diário do Nordeste
Vítimas de preconceito e violência embaixo da ponte – Foto: Diário do Nordeste
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