Aos 32 anos, Natália Lima compartilha os detalhes do seu amor de mãe nas redes sociais. Com todo cuidado e carinho ela mostra o dia a dia de seus três filhos: Gabriela (11 anos), Vitor (8 anos) e Léo (1 ano e 10 meses).
Os dois filhos mais velhos têm o diagnóstico de microcefalia e paralisia cerebral, e o mais novo está sob investigação. A família vive em Araras, interior de São Paulo.
“A minha maternidade, quero levar sempre dessa forma, com muita leveza e fé para vencer todos os obstáculos da vida. Se eu parar pra ficar questionando o porquê, a gente não vive, não tem resposta, fica triste, acredito que filhos são almas que vem a esse mundo pela vontade de Deus, assim eu aceito a vontade dele, e a minha, que sempre quis ser mãe, e independente de como meus filhos viessem, eu o amo do jeitinho que eles são”, disse em entrevista ao Só Noticia Boa.
Saúde das crianças
Gabriela e Vitor tem uma doença neurodegenerativa relacionada ao TRAPPC4, o padrão de herança é autossômico recessivo, o que significa que necessita de duas cópias alteradas do mesmo gene, ou seja, uma vinda do pai e outra da mãe para que essa condição aconteça, diagnóstico descoberto no ano passado depois de muitos anos investigando.
A Gabriela se alimenta por gastrostomia, e o irmão Vitor tem traqueostomia e também se alimenta por gastrostomia, ambos com tetraplegia espástica, escoliose grave em associação à síndrome genética, com encefalopatia progressiva.
Mas para a mãe, nada disso supera o amor que ela tem pelos filhos: “Amo ser mãe, amo ser mãe da Gabi, do Vitinho, do Léo, do jeitinho que eles são”.
Rejeição paterna
Por muito tempo, Natália foi mãe solo de Gabriela e Vitor. O pai das crianças nunca quis ter contato com eles. Ela contou que também fez bicos para suprir as necessidades dos filhos.
“Eu vivo em consultas e exames. Gabi e Vitor já estiveram em estado grave, entre a vida e a morte, por isso, vivo cada dia como se fosse o único”, disse.
Atualmente casada, ela conta com o apoio do marido, pai do filho mais novo, para cuidar das crianças quando uma delas fica doentinha.
Apoio
Ao conversar com essa mãezona, percebemos as dificuldades que eles têm para o tratamento dos filhos.
Hoje, ela vive integralmente para cuidar deles, sendo sua única renda o BPC (Benefício de Prestação Continuada) de cada um dos filhos.
“Antigamente eu conseguia fazer os bicos, mas hoje eles precisam de mim 24 horas por dia”, relatou.
Por isso, abrimos uma vaquinha para ajudá-la nos custos com o tratamento das crianças. São exames, consultas médicas e remédios que não foram fornecidos pelo SUS.
Para apoiar essa mãezona, você pode contribuir pelo PIX: vidas-especiais@sovaquinhaboa.com.br
ou diretamente pelo link da vaquinha clicando aqui.
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