O recém-formado em enfermaria, Kawê Guilhermy, de 22 anos, fez uma linda surpresa para a mãe dele na festa de formatura. A dona Andréa dos Santos Andrade, 42 anos, criou o filho sozinha trabalhando como gari, em Goiânia. Para agradecê-la por tudo que fez nesses anos todos, o filho a homenageou nas fotos da formatura enaltecendo a profissão de gari.
Filho de mãe solo e primeiro da família a concluir o ensino superior, Kawê convidou dona Andréa para participar da sessão de fotos, que ficaram lindas e comoveram as redes sociais, principalmente a mãezona.
“Apesar de muitas pessoas terem vergonha ou destratarem a profissão, meu filho sempre teve orgulho de mim”, disse Andréa, emocionada.
Surpresa
Dona Andréa contou que foi surpreendida quando o filho pediu que ela levasse ao local das fotos o uniforme da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), roupa que utiliza diariamente ao limpar as ruas da capital.
Para o ensaio fotográfico, o enfermeiro decidiu que colocaria o chapéu utilizado pela mãe no trabalho e ela colocaria o capelo, como é chamado o chapéu da beca de formando.
“Quando fizemos isso [a troca de chapéus], as pessoas que estavam lá ficaram emocionadas”, conta ele.
Vítima de discriminação
Kawê lembra que durante a infância e a adolescência, ao acompanhar a mãe algumas vezes no trabalho, presenciou muitas cenas de discriminação sofridas por ela, pelo simples fato de ser gari.
“Não é porque estou de jaleco branco, ou com essa beca, que sou melhor que qualquer outra profissão. Ela trabalha limpando, e na enfermagem a gente considera a limpeza e a higiene como necessidades básicas do ser humano. Eu também trabalho com necessidades básicas, restabelecendo a saúde das pessoas”, lembrou Kawê.
Que linda homenagem! Confira mais fotos:
Com informações de Jornal de Brasília