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Pesquisadores descobrem buraco negro “adormecido” na Via Láctea
20 de julho de 2022
- Rinaldo de Oliveira
Ilustração de buraco negro na órbita de uma companheira jovem, massiva e quente Foto: Reprodução/ESO/L. Calçada
Ilustração de buraco negro na órbita de uma companheira jovem, massiva e quente Foto: Reprodução/ESO/L. Calçada

E o universo continua nos impressionando! Uma equipe de cientistas conhecida como “policial dos buracos negros” encontrou evidências diretas do primeiro buraco negro de massa estelar “silencioso” fora da Via Láctea.

O estudo foi publicado na revista científica Nature Astronomy. Este novo tipo de buraco negro é muito difícil de se detectar porque está bem escondido.

Ele revelou-se após seis anos de observação com o Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO). “Encontramos uma agulha no palheiro”, comentou o principal autor do estudo, Tomer Shenar, em comunicado.

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O buraco negro recém-detectado, chamado VFTS 243, tem pelo menos nove vezes a massa do nosso Sol e orbita uma estrela azul e quente com 25 vezes a massa do Sol, tornando-o parte de um sistema binário.

Buracos negros

Buracos negros de massa estelar adormecidos surgem quando estrelas mais massivas que o Sol chegam ao fim de seus ciclos de fusão nuclear. Porém, são difíceis de encontrar, já que não emitem altos níveis de radiação de raios-X.

Para encontrar esses buracos negros “silenciosos”, os cientistas procuram por sistemas binários – é quando uma das componentes do sistema realiza um movimento orbital em torno da outra estrela – por exemplo.

“É incrível que quase não saibamos de buracos negros adormecidos, dado o quão comuns os astrônomos acreditam que sejam”, disse o coautor do estudo Pablo Marchant, astrônomo da KU Leuven, uma universidade na Bélgica, em um comunicado à imprensa.

Polícia do buraco negro

Alguns dos 40 autores do estudo são conhecidos nos círculos de astronomia como a polícia dos buracos negros porque desmascararam várias outras descobertas de outros buracos negros.

“Na ciência, você está sempre certo até que alguém prove que você está errado, e não posso saber se isso nunca aconteceria — só sei que nenhum de nós pode detectar uma falha na análise”, concluiu Shenar.

Ilustração de buraco negro na órbita de uma companheira jovem, massiva e quente Foto: Reprodução/ESO/L. Calçada
Ilustração de buraco negro na órbita de uma companheira jovem, massiva e quente Foto: Reprodução/ESO/L. Calçada

Com informações de Canal Tech

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