Olha que virada! A bailarina Wilmára Marliére de Paula, 55 anos, portadora de uma doença rara que causou a perda da audição e do equilíbrio, mudou a própria história e hoje dá aulas de balé e violão para surdos e cegos em Belo Horizonte.
O projeto Céu na Terra, criado há 25 anos, leva dança e música para crianças e jovens com deficiência.
“Trabalho como se fosse uma fisioterapia interna. A criança que chega no projeto é estimulada e tem um resultado incrível. Ela se desenvolve. É uma prioridade para mim desenvolver e estimular a pessoa”, declarou a bailarina.
Doença rara
Wilmára é portadora da Síndrome de Arnold Chiari, uma condição genética em que o tecido cerebral invade o canal espinhal. Ocorre quando parte do crânio é anormalmente pequena ou disforme.
Os sintomas incluem dor de cabeça e pescoço, fraqueza muscular, problemas de equilíbrio, alteração visual e muitos outros.
Ela já passou por quatro cirurgias e chegou a correr o risco de parar de andar ou, de até mesmo, de não sobreviver. Mas venceu e se mantém firme graças à dança.
“Eu sofro com muitas dores. Foram muitas cirurgias dolorosas, mas eu preciso continuar dançando. Se eu parar, atrofio. Fiz uma escolha, fisioterapia e dança. Eu escolhi dançar”, contou.
O projeto
Dançar sempre faz parte da vida dessa bailarina autodidata. Ela começou a estudar balé lendo revistas e jornais e com 22 anos, conseguiu o registro de bailarina profissional.
E o projeto dela nasceu para incentivar e incluir pessoas com deficiência que passam por vários desafios, como os enfrentados pela Wilmára.
Parabéns!
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Com informações do G1