Novembro começou e promete ser um mês espetacular para se observar fenômenos no céu.
Teremos um eclipse lunar, duas chuvas de estrelas cadentes e a oposição de um planeta, neste último mês do ano. Então marque na agenda e prepare-se!
Chuva de meteoros Táuridas
Detritos deixados pelo cometa Encke vão provocar a primeira chuva de estrelas cadentes do mês: as chamadas Táuridas do Sul, que aparecem primeiro, e os Táuridas do Norte, que poderão ser vistas ao mesmo tempo!
Quem perdeu a Táuridas Sul no dia 10 de outubro, poderá aproveitar a oportunidade para ver as Táuridas do Norte em seu máximo esplendor durante a noite de 12 de novembro, aponta o Instituto Nacional de Astrofísica, Óptica e Eletrônica (Inaoe) do México.
Melhor hora para ver
A média de ambas as chuvas é de aproximadamente 7 meteoros por hora.
“A melhor hora para procurar as Táuridas é depois da meia-noite, quando a constelação de Touro está alta no céu, que está escuro e limpo, sem a luz da Lua para cobrir os meteoros mais fracos”, observa a agência espacial.
“Em algum momento, as duas formações se juntam e os dois fenômenos são vistos ao mesmo tempo”, disse Fernanda Urrutia, astrônoma da área de comunicação e divulgação da NoirLab/AURA (Laboratório Nacional de Pesquisa em Astronomia Óptica-Infravermelha/ Associação de Universidades para a Investigação em Astronomia) do Chile.
Chuva de meteoros Leônidas
A segunda chuva de meteoros deste mês será a Leônidas. O pico máximo será na noite de 17 para 18 de novembro, segundo Fernanda Urrutia.
A taxa máxima observável prevista para este evento é de 10 a 15 meteoros por hora e ele poderá ser visto do Hemisfério Sul.
De acordo com a NASA, os pedaços de lixo espacial que interagem com a atmosfera da Terra para criar as Leônidas são originários do cometa 55P/Tempel-Tuttle.
Ele leva 33 anos (da Terra) para orbitar ao redor do Sol uma vez.
“Os espectadores na Terra vão experimentar uma tempestade que pode atingir o pico com centenas a milhares de meteoros vistos por hora”. A última vez que isso aconteceu foi em 2002.
Eclipse total da Lua
Dias antes, em 8 de novembro, teremos o eclipse lunar total.
Isso se dá quando o satélite da Terra é coberto pela sombra deste planeta, indica a Nasa.
O evento poderá ser visto principalmente na América do Norte, no leste da Ásia e da Oceania. Infelizmente, será difícil de ser percebido na América Latina, porque ocorrerá durante a madrugada, explica Urrutia.
A Nasa sugere o uso de um par de binóculos que ampliem a visão e permitam aproveitar ainda mais o fenômeno.
Durante um eclipse lunar total, a Terra bloqueia a luz do Sol, mas indiretamente ainda consegue iluminar o satélite. No entanto, quando a luz solar passa pela atmosfera da Terra, ela filtra a maior parte da luz azul, explica a Nasa.
Vai dar para ver Urano
Um dia depois, em 9 de novembro, Urano estará em oposição, informou Fernanda Urrutia.
Neste momento, o oitavo planeta do sistema solar se coloca em linha reta com a Terra e o Sol. Ao mesmo tempo, estará no perigeu (distância mínima da Terra).
Será um bom momento para observar o corpo celeste, porque toda a sua face visível estará iluminada pelo Sol e, ao estar mais próxima, o astro parecerá maior e mais iluminado do que em outros momentos do ano, afirmou Fernanda Urrutia em artigo da National Geographic.
Para aproveitar a oposição, Fernanda Urrutia recomenda usar um par de binóculos ou um telescópio.
Com informações da NGB