Sororidade. Ao perceber que mulheres não se sentiam acolhidas numa delegacia para denunciar a violência doméstica que sofrem, a policial militar Milene Barreto, de Porto Velho, criou um projeto pessoal para acolher e estimular essas vítimas.
Com recursos próprios, ela criou a Casa Lilás para oferecer um espaço humanizado, dentro da comunidade, para que todas as mulheres encontrem ajuda, força e coragem para denunciar.
“Percebi nos atendimentos que muitas vítimas desistiam de denunciar seus agressores pela distância de alguns serviços da rede de proteção ou mesmo porque eram desmotivadas dentro da própria delegacia”, explicou.
Empatia
Por três anos, Milene comandou a Patrulha Maria da Penha. No trabalho no dia a dia e tendo convívio com as vítimas de agressões no lar, a militar observou as maiores dificuldades enfrentadas pelas vítimas para tomarem a iniciativa de denunciar o agressor.
A composição de servidores masculinos nas delegacias, segundo a militar, fazia com que muitas das vítimas se sentissem intimidadas. Assim, não realizavam a denúncia ou se sentiam acuadas para irem atrás de mais informações, como por exemplo, a busca por proteção.
“Assim nasceu a Casa Lilás, da necessidade de um espaço humanizado, dentro da comunidade, que fosse acessível e uma referência para as mulheres se sentirem acolhidas e seguras para denunciar seus abusadores”, disse a policial.
Busca de apoio
Infelizmente, recentemente, por custear o projeto com recursos próprios e com a chegada de mais um filho, a sede da Casa Lilás está fechada. Mas, ela não desistiu.
“Hoje estamos sem sede e em busca de parcerias para que no início do ano de 2023 a gente consiga um terreno próprio para construção de uma sede, sem precisar pagar aluguel e poder estruturar o projeto adequadamente para a capacitação de mulheres. Isso para que elas tenham condições de trabalhar e conseguir suprir suas necessidades financeiramente”, disse.
Alô empresárias! Vamos ajudar?
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Com informações de Awebic