É possível retardar o envelhecimento e prolongar a vida com uma terapia genética experimental! Foi o que descobriram cientistas dos Estados Unidos em experiências iniciais feitas em camundongos e o principal: eles acreditam que também pode dar certo em seres humanos!
Pesquisadores da startup Rejuvenate Bio desenvolveram o uma tecnologia que batizaram de “reprogramação para rejuvenescer” em camundongos idosos para oferecer sobrevida com qualidade e diminuir os efeitos da idade, como doenças.
Os bichinhos conseguiram sobreviver mais 18 semanas (veja abaixo). A pesquisa dos cientistas que atuam em San Diego, na Califórnia, nos Estados Unidos, está publicada em um artigo científico no site BioRxiv.
Técnica
A técnica de reprogramação funciona em células individuais no laboratório e agora estão tentando determinar se o efeito de rejuvenescimento também funciona em animais vivos.
Noah Davidsohn, diretor científico da Rejuvenate, disse que a empresa usou a terapia genética para adicionar três genes de reprogramação aos corpos de camundongos que eram equivalentes em idade aos humanos de 77 anos.
Resultados
Depois do tratamento, o tempo de vida restante dobrou, diz a empresa. Os ratos tratados viveram mais 18 semanas, em média, enquanto os ratos de controle morreram em nove semanas. No geral, os camundongos tratados viveram cerca de 7% a mais.
Apesar de os ganhos iniciais serem modestos, os cientistas estão confiantes.
“É uma tecnologia poderosa e aqui está a prova do conceito”, disse Davidsohn. “Eu queria mostrar que é realmente algo que podemos fazer em nossa população idosa.”
Seres humanos
Para os cientistas, o estudo é um marco, mas advertem: o rejuvenescimento total utilizando terapia genética precisa de mais pesquisas.
“É um belo exercício intelectual, mas eu evitaria fazer qualquer coisa semelhante a uma pessoa”, diz Vittorio Sebastiano, professor da Universidade de Stanford.
Segundo Sebastiano, há riscos por exemplo de levar ao câncer.
Mais pesquisas
O mesmo grupo de cientistas segue com experiências, só que em cães, para desenvolver tratamentos com terapia genética para insuficiência cardíaca. Davidsohn está confiante que, futuramente, será possível aplicar o tratamento em humanos.
“Eu não estaria trabalhando nisso se não acreditasse nisso”, afirmou o cientista.
Com informações de MIT Technology Review
Com informações de MIT Technology Review