Um verdadeiro tesouro milenar foi descoberto por uma expedição arqueológica realizada na província de Minya, no Egito. Arqueólogos encontraram joias de ouro enterradas há cerca de 3.500 anos. O trabalho foi realizado por pesquisadores egípcios e britânicos, ligados à Universidade de Cambridge.
A escavação foi no Cemitério do Deserto do Norte de Tel el-Amarna, em região localizada cerca de 312 km ao sul da capital, Cairo, na margem oeste do Rio Nilo.
“As joias foram encontradas no corpo de uma jovem adulta”, disse Anna Stevens, diretora assistente do projeto Amarna e membro do Departamento de Arqueologia da Universidade de Cambridge, em um e-mail ao National Jeweler.
O tesouro
A área onde ocorreu a escavação inclui 25 túmulos de altos estadistas e sacerdotes, esculpidos nas montanhas. Os túmulos são gravados com imagens religiosas relacionadas ao atenismo.
Segundo os registros, o tesouro milenar possui cerca de 3500 anos e era posse de uma mulher, uma vez que foi encontrado no túmulo dela. O conjunto era composto por um colar de ouro legítimo e três anéis feitos de pedra-sabão e, também, ouro.
Os anéis continham gravuras representando deuses egípcios: um homenageavam o deus do parto, Bes, e os outros tinham referências a Nefertiti, a senhora das duas terras.
Os artefatos eram contemporâneos da décima oitava dinastia egípcia, cuja figura dominante da época era o faraó Amenófis IV, e localizavam-se em uma antiga capital real, uma vez denominada Akhetaton.
A pesquisa
Os pesquisadores fazem parte do projeto Amarna, uma joint venture entre o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito e a Universidade de Cambridge, na Inglaterra.
A equipe trabalha para explorar a área e preservá-la, registrando e compartilhando suas observações com o público.
“Ainda estamos fazendo nossa pesquisa de acompanhamento após as escavações, mas publicaremos um relatório preliminar. O cemitério não é exclusivamente para mulheres, mas foi usado por homens e mulheres de várias idades, desde bebês até idosos. O cemitério tem sepulturas simples e algumas tumbas maiores de poço e câmara, sugerindo que foi usado por indivíduos de classe ‘baixa’ a ‘média’”, concluiu.
Confira as joias encontradas:
Com informações de National Jeweler