A redução da camada de ozônio, conhecida como buraco na camada de ozônio, na região acima da Antártica, deve ser recuperada em quatro décadas! A conclusão foi divulgada por especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU), após detalhado estudo.
Os pesquisadores estão confiantes ainda que o buraco de ozônio menor, localizado na parte de estratosfera logo acima do Ártico, deve ser reparado antes.
A recuperação contínua da camada de ozônio foi confirmada na última avaliação quadrienal de um painel de especialistas apoiado pela ONU que supervisiona a evolução do chamado Protocolo de Montreal sobre Substâncias Destruidoras do Ozônio (SDOs).
Recuperação
A descoberta de um buraco na camada de ozônio foi anunciada pela primeira vez por três cientistas do British Antarctic Survey, em maio de 1985.
De acordo com o relatório, se as políticas atuais permanecerem em vigor, espera-se que a camada recupere os valores de 1980 até 2040.
Na Antártica, essa recuperação é esperada por volta de 2066 e em 2045 no Ártico.
As variações no tamanho do buraco na camada de ozônio na Antártida, especialmente entre 2019 e 2021, foram impulsionadas em grande parte pelas condições meteorológicas.
De acordo com a ONU, o buraco na camada de ozônio da Antártica vem melhorando lentamente em área e profundidade desde o ano 2000.
Acordo
Em 1989, o acordo foi ratificado pela comunidade internacional no esforço de recuperar a camada que protege o planeta da radiação ultravioleta (UV).
No esforço de reverter o processo de diminuição da ozonosfera, a comunidade internacional se uniu em campanha para identificar e banir quase 99% dos produtos químicos.
Na relação de produtos que destroem o ozônio estão os clorofluorcarbonetos (CFCs) que antigamente mantinham as geladeiras resfriadas e plásticos.
Mudanças climáticas
Os cientistas estimam que a recuperação do ozônio também ajudará a combater as mudanças climáticas e limitar o aquecimento global.
Exemplo de cooperação bem sucedida Além dos CFCs, outros produtos químicos que corroem o ozônio, incluindo halógenos, clorofórmio metílico, tetracloreto de carbono, hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) e brometo de metila, já foram abundantes em refrigeradores, condicionadores de ar, aerossóis, solventes e pesticidas.
De acordo com estudos, esses compostos atacam a camada protetora da Terra ao liberar átomos de cloro e bromo que degradam as moléculas de ozônio na estratosfera.
Desde que essas substâncias foram proibidas, a diminuição da concentração de cloro e bromo ajudou a limitar a exposição humana aos raios ultravioleta nocivos do sol, que podem causar câncer de pele e catarata.