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Em 4 décadas, camada de ozônio da Terra deve estar recuperada, diz ONU
14 de janeiro de 2023
- Renata Dias
A ONU avalia que em 40 anos a camada de ozônio do planeta estará recuperada. Foto: NASA
A ONU avalia que em 40 anos a camada de ozônio do planeta estará recuperada. Foto: NASA

A redução da camada de ozônio, conhecida como buraco na camada de ozônio, na região acima da Antártica, deve ser recuperada em quatro décadas! A conclusão foi divulgada por especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU), após detalhado estudo.

Os pesquisadores estão confiantes ainda que o buraco de ozônio menor, localizado na parte de estratosfera logo acima do Ártico, deve ser reparado antes.

A recuperação contínua da camada de ozônio foi confirmada na última avaliação quadrienal de um painel de especialistas apoiado pela ONU que supervisiona a evolução do chamado Protocolo de Montreal sobre Substâncias Destruidoras do Ozônio (SDOs).

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Recuperação

A descoberta de um buraco na camada de ozônio foi anunciada pela primeira vez por três cientistas do British Antarctic Survey, em maio de 1985.

De acordo com o relatório, se as políticas atuais permanecerem em vigor, espera-se que a camada recupere os valores de 1980 até 2040.

Na Antártica, essa recuperação é esperada por volta de 2066 e em 2045 no Ártico.

As variações no tamanho do buraco na camada de ozônio na Antártida, especialmente entre 2019 e 2021, foram impulsionadas em grande parte pelas condições meteorológicas.

De acordo com a ONU, o buraco na camada de ozônio da Antártica vem melhorando lentamente em área e profundidade desde o ano 2000.

Acordo

Em 1989, o acordo foi ratificado pela comunidade internacional no esforço de recuperar a camada que protege o planeta da radiação ultravioleta (UV).

No esforço de reverter o processo de diminuição da ozonosfera, a comunidade internacional se uniu em campanha para identificar e banir quase 99% dos produtos químicos.

Na relação de produtos que destroem o ozônio estão os clorofluorcarbonetos (CFCs) que antigamente mantinham as geladeiras resfriadas e plásticos.

Mudanças climáticas

Os cientistas estimam que a recuperação do ozônio também ajudará a combater as mudanças climáticas e limitar o aquecimento global.

Exemplo de cooperação bem sucedida Além dos CFCs, outros produtos químicos que corroem o ozônio, incluindo halógenos, clorofórmio metílico, tetracloreto de carbono, hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) e brometo de metila, já foram abundantes em refrigeradores, condicionadores de ar, aerossóis, solventes e pesticidas.

De acordo com estudos, esses compostos atacam a camada protetora da Terra ao liberar átomos de cloro e bromo que degradam as moléculas de ozônio na estratosfera.

Desde que essas substâncias foram proibidas, a diminuição da concentração de cloro e bromo ajudou a limitar a exposição humana aos raios ultravioleta nocivos do sol, que podem causar câncer de pele e catarata.

Foto: NASA
Pesquisadores confiam na recuperação da camada de ozônio. Foto: NASA
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