Cientista brasileiro descobre porque Depressão leva a doenças autoimunes

A depressão pode disparar “gatilho” e levar a doenças autoimunes. Um estudo brasileiro mostra que um quadro depressivo gera alterações nas células do organismo e revela o motivo!
O estudo, publicado na revista científica Cognitioniss, foi conduzido pelo neurocientista brasileiro Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, da Universidade Federal de Juiz Fora (UFJF), de Minas Gerais.
O “gatilho” disparado pelo quadro depressivo afeta também o funcionamento do intestino, alterando o comportamento da pessoa com um quadro de estresse e até de problemas de memória. A pesquisa científica concluiu que pacientes que têm um quadro de depressão há pelo menos dois anos apresentam mais chances de desenvolver gripe, Covid-19 e outras doenças que afetam o sistema imunológico.
A Pesquisa
Para a análise, foram ouvidos relatos de 20 pessoas diagnosticadas com Transtorno Depressivo Persistente (TDP), que seguiam acompanhamento médico e psicológico, entre 2021 e 2022. Todos narraram mais de dois anos com quadro de depressão.
De acordo com a pesquisa, a imunidade do paciente que sofre de depressão é atingida porque os glóbulos vermelhos e brancos são afetados. São eles os responsáveis pela proteção do organismo, do indivíduo.
Segundo o estudo, quando o paciente tem mais de dois anos com quadro depressivo apresenta alterações celulares em monócitos e neutrófilos (células com a função de defender o organismo contra corpos estranhos, como vírus e bactérias).
Sintomas
A pesquisa observou os 20 pacientes que apresentavam o quadro depressivo há pelo menos dois anos e sintomas semelhantes.
É preciso estar alerta a estes sintomas, segundo os médicos e pesquisadores.
São eles: pouco apetite ou comer demais; sentimento de desesperança, inutilidade e/ou isolamento; insônia, inquietação ou hipersonia e problemas de relacionamento.
Também é necessário verificar a qualidade do sono: dificuldade para dormir ou dormir demais; baixa energia, fadiga ou hiperatividade; baixa autoestima e ansiedade sem causa aparente.
Por fim, falta de concentração ou dificuldade em tomar decisões e sentimentos de desesperança.
Tratamento
A recomendação é procurar ajuda profissional para tratar da depressão. Apenas psiquiatras estão habilitados a diagnosticar a doença.
É necessário também associar tratamentos com psicoterapeutas que costuma escolher a ativação comportamental, terapia cognitivo-comportamental e psicoterapia interpessoal ou medicamentos antidepressivos.
Os médicos optam ainda pela prescrição de antidepressivos que podem ser eficazes no caso de depressão moderada-grave, mas não são a primeira linha de tratamento para os casos mais brandos.
Esses medicamentos, segundo a OPAS, não devem ser usados para tratar depressão em crianças e não são, também, a primeira linha de tratamento para adolescentes.
O transtorno atinge cerca de 300 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Só no Brasil, aproximadamente 11 milhões, segundo o Ministério da Saúde, sofrem deste mal! Problema que atinge adultos e crianças.
Com informações da OPAS, Ministério da Saúde, Agência Brasil
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