Notícia boa para cientistas pretos e indígenas que pesquisam sobre Ecologia. A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) lançou um projeto que vai pagar de bolsas e investimentos de até R$ 10,2 milhões.
O Brasil da diversidade étnica precisa refletir na ciência e na pesquisa. É o que acredita esse projeto feito em parceria da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) com o Instituto Serrapilheira. Para promover a diversidade científica, a área principal de pesquisa será ecologia tropical.
Os oito candidatos selecionados receberão uma bolsa mensal de R$ 8 mil, além de até R$ 700 mil para o financiamento da pesquisa durante três anos, renováveis por mais dois.
Serão disponibilizados também mais R$ 100 mil especificamente para integração e formação de pessoas de grupos sub-representados nas equipes de pesquisa.
Inscrições
Os interessados poderão consultar o projeto a partir deste mês nos sites das duas instituições, as inscrições terão início apenas no dia 21/03 e término em 24/04.
O processo de seleção ocorrerá duas etapas, com uma análise da pré-proposta e outra da proposta completa.
Essa avaliação será conduzida por cientistas que atuam em instituições internacionais de excelência.
A bolsa e os recursos para as pesquisas dos candidatos aprovados serão disponibilizados pela Faperj.
O valor para a formação da equipe com pessoas de grupos sub-representados será disponibilizado pelo Instituto Serrapilheira
Candidatos
Os candidatos selecionados vão integrar grupos de pesquisa do estado do Rio de Janeiro nos quais não tenham nem se formado nem atuado antes.
De acordo com o edital, os pesquisadores que trabalharão como pós-doutorandos poderão ter saído de instituições, cidades, estados ou mesmo países diferentes.
Requisitos
O foco do edital se concentra em jovens cientistas que tenham concluído o doutorado em qualquer área do conhecimento científico, entre 1º/01/2012 e 31/12/2022 – prazo estendido em até dois anos para mulheres com filhos.
É exigido que os candidatos não mantenham vínculo empregatício com instituições de ciência e tecnologia (ICTs).
O projeto precisa ser no campo da ecologia e os interessados precisam indicar o grupo de pesquisa do qual farão parte. Esse grupo deverá ser formado por outros cientistas e atuar no Rio.
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Ecologia
Com a iniciativa, a Faperj e o Serrapilheira pretendem promover novas linhas de pesquisa em ecologia formuladas por pós-doutores negros e indígenas.
A ecologia tropical deverá ser um dos eixos estratégicos a guiar os investimentos em ciência no país para os financiadores.
“Ao nos juntarmos ao Instituto Serrapilheira nessa empreitada de fomentar a pesquisa em um campo como a ecologia, que está sob os holofotes do mundo e tem sido tão maltratada”, afirmou Jerson Lima Silva, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro que também preside a Faperj.
Em seguida, Jerson Silva acrescentou que: “Quando direcionamos esse edital para jovens talentosos negros e indígenas, acreditamos que estamos resgatando nossas dívidas com o passado”.
Com informações da UFRJ