Um relatório recém-publicado encheu nosso peito de esperança. A revista científica American Cancer Society traz um artigo com as três grandes vitórias para a humanidade chamadas de “verdadeiramente formidáveis”. E, de fato são!
A CEO, da American Cancer Society, avalia como grandes avanços e até vitórias nos esforços de combate a diversas doenças desde as industrializadas até as tropicais. E todas as conquistas são de 2022.
Para a autora do estudo, Karen Knudsen, a queda pode ser atribuída ao desenvolvimento de melhores tratamentos, à redução do hábito de fumar e a métodos de detecção precoce. E é um grande avanço para todos nós!
Menos mortes por câncer
Uma das doenças que mais matam no mundo, o câncer, teve o número de mortes reduzido nos Estados Unidos no ano passado. Segundo o estudo, 33% a menos dos pacientes chegaram a óbito desde 1991. Isso equivale a aproximadamente 3,8 milhões de pessoas vivas graças a vários esforços para combater os diferentes tipos de tumores.
Apenas entre 2019 e 2020, as taxas de mortalidade por câncer caíram 1,5%. Uma outra queda, da incidência do câncer cervical, também foi notada entre 2012 e 2019, com índice de 65% a menos. Karen atribui essa redução a implantação da vacina contra o HPV, principalmente entre mulheres na faixa dos 30 anos.
O relatório também descobriu que não apenas as taxas de mortalidade estão caindo, mas as taxas de sobrevida. Entre 2012 e 2018, 68% dos casos de câncer foram diagnosticados precocemente, o que aumenta as chances de recuperação do paciente.
Verme da Guiné erradicado
Também há boas notícias vindas da África Ocidental e Índia, segundo o estudo. De acordo com a análise conduzida por Karen Knuden, a doença do verme da Guiné está com níveis tão baixos de contaminação que o problema de saúde foi considerado como erradicado.
Há registros desse parasita verdadeiramente desagradável que afeta a saúde humana há milhares de anos e, em 1989, havia quase 1 milhão de casos em todo o mundo.
Mas, em 2022, esse hóspede indesejável transmitido pela água, criou apenas 15 casos em todo o mundo – uma queda de 99,998%, e quase todos os 15 casos ocorreram no Chade.
Essa reviravolta monumental não foi o resultado de alguma vacina experimental, mas sim de educação simples, ensinando as pessoas a evitar beber água contaminada, onde está o foco do parasita. A população também aprendeu a tratar a água para purificá-la do verme.
Leia mais notícias boas:
- Vírus da herpes modificado injetado em tumor freia câncer terminal. Técnica inovadora
- Câncer: 1º paciente humano é vacinado com vírus que mata vários tipos de tumores
- Veneno de cobra brasileira contém molécula que bloqueia coronavírus
Adeus ao Ebola
Além do Chade (África), a doença do verme da Guiné também foi encontrada em Uganda, que produziu outro marco médico com a erradicação do surto de Ebola.
O surto começou em setembro de 2022 com uma nova e incurável cepa sudanesa do vírus. Foi o pior surto em 20 anos, mas apesar de não haver vacina para a cepa Sudan, as autoridades de saúde conseguiram contê-la a apenas dois distritos administrativos, com 142 casos confirmados.
“A solução mágica foram nossas comunidades que entenderam a importância de fazer o que era necessário para acabar com o surto e agiram”, disse a ministra da Saúde de Uganda (África), Jane Ruth Aceng Ocero.
Atualmente, estão em andamento testes de vacinas envolvendo a Universidade de Oxford, no Reino Unido, para a cepa do Sudão, mas até então as autoridades de saúde recebiam parabéns por suas ações rápidas e eram agradecidas pelas “lições aprendidas”.
Com informações de GNN.