Olha só que ideia fantástica para ser copiada, inclusive! A Ceasa (Central de Abastecimentos) do Paraná criou um programa inovador que recupera alimentos bons para consumo que seriam descartados. Além de reduzir o impacto ambiental isso vai ajudar a combater a fome no estado.
O programa coleta alimentos próximos ao prazo de validade ou com embalagens danificadas que seriam descartados, e os redistribui para instituições de caridade e pessoas carentes.
Ao longo de 2022, o “Comida Boa’, atendeu 331 entidades e 130 mil pessoas foram impactadas mensalmente em todo o Estado. Antes da criação do Banco de Alimentos, em 2020, esse alcance era um terço do atual. O programa está sendo implementado em parceria com empresas, organizações não governamentais e governo local e já distribuiu quase 6 mil toneladas de hortigranjeiros.
Chega de desperdício
O desperdício de alimentos é um problema global que afeta não apenas a segurança alimentar, mas também o meio ambiente.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), aproximadamente um terço de toda a comida produzida no mundo acaba é desperdiçada.
Porém, o Paraná adotou medidas concretas para mudar isso.
Um bem para todos
A iniciativa tem sido bem-sucedida, já que reduz o desperdício de alimentos e fornece comida saudável para aqueles que precisam. Além disso, também tem um impacto positivo no meio ambiente, já que ajuda a diminuir a quantidade de lixo enviado a aterros sanitários.
“A gente vem alcançando bons resultados e diminuindo o desperdício, melhorando sustentabilidade, melhorando a qualidade de vida das pessoas em vulnerabilidade social”, disse o diretor-presidente da Ceasa do Paraná, Eder Eduardo Bublitz.
Antes de serem distribuídos, os alimentos passam por uma rigorosa higienização para só então serem processados, embalados e congelados. O desperdício é quase zero. De uma cozinha, saem kits para refogados e sopas, molhos prontos, frutas para sucos, compotas e geleias.
Além de ajudar quem precisa de alimento, o programa também favorece a ressocialização. As equipes que trabalham na cozinha são formadas por homens e mulheres do sistema prisional, ganham salário, remissão de pena e saem capacitados para o mercado de trabalho.
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Banco de alimentos
Após todos os alimentos serem processados, eles são enviados ao banco de alimentos para, a partir daí, serem distribuídos às instituições de caridade.
“É uma bênção para nós recebermos esse kit completo porque faz parte da alimentação do idoso, um reforço para eles, mesmo que a gente fornecia, mas agora é algo maior ainda”, disse a irmã Terezinha Kaleski, da Associação Amigos de Idosos.
O programa também está sendo elogiado por organizações de caridade e pessoas carentes, que estão agradecidas pelo suporte.
Mãe solo Maria, que recebe ajuda do programa, afirmou: “Luto todos os dias para alimentar minha família. O programa ‘Comida Boa’ significa muito para nós, já que nos fornece comida saudável e nos ajuda a poupar dinheiro”.
Com informações do CeasaPR