Especialistas da Suíça vão restaurar relógio raro destruído por vândalo no Planalto
Destruído por um vândalo na invasão ao Palácio do Planalto, em janeiro, o relógio raro do século XVII (17), peça da coleção histórica brasileira, vai ser restaurado por especialistas com experiência em obras centenárias e com ajuda do governo da Suíça.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, disse que a Embaixada da Suíça se ofereceu para intermediar o conserto da peça, feita pelo famoso relojoeiro francês Balthazar Martinot. A oferta partiu do embaixador da Suíça no Brasil, Pietro Lazzeri.
“[O embaixador] ofereceu uma ação de recuperação do relógio porque tem empresa de restauradores com experiência nesse tipo de reforma que é centenária. Será, segundo eles, uma honraria e uma manifestação em favorecimento à democracia”, disse a ministra.
Destruição
Relógio do século XVII foi destruído por invasores durante os protestos de 8 janeiro. A ministra ressaltou que o relógio tem características próprias: uso de casca de tartaruga para na confecção e peças muito delicadas.
Margareth Menezes disse que a única contrapartida solicitada pela empresa suíça é que haja um intercâmbio entre profissionais brasileiros e suíços.
Durante o mês de fevereiro, sem data definida ainda, está prevista uma primeira missão técnica de restauradores suíços sob a direção dos curadores e especialistas brasileiros.
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História
Dom João VI, pai de D. Pedro I, ganhou o relógio da corte francesa, e trouxe para o Brasil em 1808. Das várias peças produzidas, apenas dois exemplares resistiram ao tempo. O outro está guardado no Palácio de Versalhes, em Paris.
A destruição da peça foi flagrada em vídeo, no interior do Palácio do Planalto, durante as manifestações.
Vândalo preso
O responsável pelo ato de vandalismo foi identificado e preso. Trata-se de Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos.
O homem, que já teve diversas passagens pela polícia, foi detido duas semanas depois pela Polícia Federal e levado para a prisão em Minas Gerais.
Com informações da Agência Brasil