Depois do Pix, vem aí o Real Digital, uma novidade para melhorar e agilizar as transações financeiras. A futura moeda virtual promete trazer mais segurança nas transações digitais, dentro e fora do país.
Ela terá a tecnologia blockchain, ou seja, poderá ser usada em qualquer lugar do mundo, sem a necessidade de conversão. Além disso, a moeda digital vai reduzir a emissão do papel-moeda, ponto importante para a preservação da natureza!
“O Pix permite fazer transação instantânea, é a chave dele. Com o Real Digital, você vai poder fazer transações programáveis. Ele vai aceitar determinadas condições para serem executadas, trazendo transações mais inteligentes”, afirmou.
Com a CBDC, poderão ser feitos pagamentos, compras, transações e investimentos, tudo isso de uma forma mais rápida e segura.
Os testes
A primeira etapa do projeto chamado Lift Challenge foi concluída em fevereiro, com o uso da moeda digital por mais de 200 pessoas e 30 empresas e instituições.
“O Lift Challenge criou as bases para o desenho da moeda digital brasileira”, afirmou Rodrigoh Henriques, diretor de Inovação da Fenasbac, sociedade civil sem fins lucrativos.
Em fases de testes, o Banco Central planeja lançar o novo recurso até 2024.
Diferença entre Pix x Moeda Digital
A diferença da moeda digital para o Pix é a possibilidade de programar as transações e organizar de forma mais inteligente as contas, segundo Henriques.
Para o diretor, na prática o Pix e o Real Digital podem se assemelhar bastante. “A diferença entre dinheiro eletrônico, que é o Pix e o digital, que é o Real Digital, é sutil mesmo e só fica clara na ideia de programabilidade”, afirmou.
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Outras etapas
O desenvolvimento do Real Digital segue a todo vapor e a próxima fase é a de criação de toda a rede blockchain e da infraestrutura onde a moeda digital será usada. A expectativa é que esse processo dure cerca de 18 meses.
Segundo Henriques, o próximo passo é testar a segurança da rede.
“Uma das questões mais importantes para garantir o sucesso do projeto. Se tudo der certo e o que a gente aprendeu com o Lift Challenge for validado, aí vai ter as primeiras emissões de Real Digital no final de 2024”, apontou.
Otimista, Henriques pensa no futuro. “A gente resolveu muitas coisas com o Pix e o Open Finance que a nossa moeda digital não vai precisar resolver, então pode dar esse pulo e começar a avançar”, disse.
O movimento acompanha outros países do mundo. De acordo com o Banco de Compensações Internacionais (BIS), mais de 80% dos bancos centrais do mundo estão desenvolvendo moedas digitais.
Com informações de Senado Federal.