Dia histórico para a preservação da vida marinha! Representantes de praticamente 200 países que integram a Organização das Nações Unidas (ONU) assinaram um acordo para proteção dos oceanos. A iniciativa promete ser dura ao impor um controle rígido contra pesca, passagem de navios e mineração em águas profundas.
Após quase 20 anos de discussão na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, o acordo foi assinado, neste fim de semana, e promete proteger a vida marinha de 30% dos oceanos até 2030. Viva os peixinhos!
O acordo foca nas regiões de alto-mar que estão fora das águas nacionais dos países, correspondendo a quase metade da superfície do planeta: atualmente apenas 1,2% dessa área é protegida.
Vale ou não vale?
O tratado ainda não está validado, para isso é necessário ser examinado por juristas e traduzido nos seis idiomas oficiais da ONU. Para António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, a assinatura do documento é uma vitória de todo o mundo.
“Esta ação é uma vitória para o multilateralismo e para os esforços globais para combater as tendências destrutivas que afetam a saúde dos oceanos, agora e nas próximas gerações”, afirmou
Uma década e meia de discussão
Que demora para preservar, hein? O tratado ficou em discussão por mais de 15 anos! Depois de várias reuniões formais e informais, a terceira rodada de negociações em menos de um ano anunciou a tão esperada notícia. Viva a preservação da natureza!
Laura Meller, conselheira e membro do Greenpeace, também comemorou a assinatura do acordo. “Este é um dia histórico para a conservação e um sinal de que em um mundo dividido, proteger a natureza e as pessoas supera a geopolítica”, afirmou.
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Zonas protegidas
O alto-mar não está sob jurisdição de nenhuma nação, ele começa onde as Zonas Econômicas Exclusivas (ZEE) dos países terminam. Essas zonas, têm um máximo de 200 milhas náuticas da costa (aproximadamente 370 km).
Por um bom tempo o alto-mar foi ignorado, já que os países focaram sua atenção nas áreas costeiras e espécies-símbolo, como tartarugas e baleias.
Assim que o tratado entrar em vigor, áreas marinhas protegidas poderão ser criadas em águas internacionais, o que vai facilitar a vigilância desses locais, inibindo ações que possam vir a trazer danos para o meio ambiente.
Com informações do The Guardian