Caetano diz em uma música que a “felicidade foi-se embora”, mas esta segunda prova que não! Neste 20 de março é comemorado o Dia Internacional da Felicidade e você vai conhecer segredos para viver mais feliz!

Não há uma resposta concreta de como ser mais feliz, mas especialistas estudiosos do tema afirmam que a felicidade é um empreendimento coletivo. Eles defendem que há maneiras que ajudam você a levar a vida mais leve e com mais felicidade. Além disso, viver mais feliz ajuda no combate a doenças e reduz o estresse.

A questão não é que seja impossível ser feliz sozinho, mas construir laços de felicidade e preservá-los, pode ser mais fácil quando se está em conjunto!

Necessidade histórica

Para o professor da Universidade de Brasília (UnB) que leciona a disciplina de “Felicidade”, Wander Pereira, viver feliz é uma necessidade histórica do ser humano. 

“É uma experiência coletiva porque ela surge da necessidade de trabalhar e viver juntos, o ser humano desenvolveu essa necessidade na história evolutiva”, disse o professor, que reforça que a busca constante por “algo que é a felicidade”, pode ser ruim.

Wander disse ainda que a felicidade é encontrar coisas que estejam presentes na nossas vidas e isso depende muito das construções sociais, das redes que fazemos ao longo da nossa história.

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Felicidade tóxica

Ainda que a felicidade seja algo positivo em nossas vidas, o professor Walder chama a atenção para a “felicidade tóxica”, muito propagada nas redes sociais e que vem causando danos ao ser humano.

“Embora as redes sociais não criem essa condição da felicidade tóxica, elas são ferramentas que facilitam a difusão dessa ideia de que as pessoas têm que ser obrigatoriamente felizes e têm que exibir o tempo inteiro os sinais externos de felicidade”, explicou.

O professor coloca toda essa exposição de uma felicidade tóxica nas redes sociais, um dos males do mundo de hoje. Para Wander, os sentimentos de uma forma geral, sejam eles positivos ou negativos, precisam ser abraçados. “São condições humanas, sentimentais e afetivas”, disse. 

Felicidade e políticas públicas

O Dia Internacional da Felicidade foi criado pela Organização das Nações Unidas em 2012. A ideia é uma reflexão sobre como é avaliada a qualidade do crescimento de um país. O principal indicador dessa ação é o Produto Interno Bruto (PIB).

O Brasil, desde 2016, não tem tido uma boa performance. O país passou de 16° para 38° em 2022.

Wander explicou que a felicidade não é só uma questão de saúde mental, mas é uma questão muito importante para formular políticas públicas. No ranking da ONU, países com menor IDH, também são países mais infelizes no ranking da felicidade.

“Todo ser humano tem direito a vida, mas deveria se dizer também que todo ser humano tem direito a uma vida feliz e que não deveria ter alternativa fora disso. A vida é para ser vivida com felicidade”, explicou.

Mais feliz!

A psicóloga Bruna Capozzi afirmou que a felicidade é uma forma em que nossas emoções são percebidas e acolhidas.

“Nesse sentido, a auto percepção, a consciência dos seus processos internos e o autocuidado se tornam ferramentas essenciais para se chegar a essa condição de pessoa feliz e satisfeita com a vida”, disse.

Para a especialista, três pontos podem ajudar muito a cuidar da saúde mental.

Estar sempre atento às emoções, ser grato pelas coisas que acontecem ao longo do seu dia e inserir exercícios físicos na sua rotina são ações que podem te ajudar a ser mais feliz!

Aula de “Felicidade” na UnB explica aos alunos como lidar com emoções e o que é ser feliz. Foto: Reprodução/Unsplash.

Com informações de G1.