Emocionante! Um Trote do Bem para calouros de Medicina aproxima logo cedo os futuros médicos dos pacientes oncológicos. Mais que isso: são as próprias crianças com câncer que raspam os cabelos dos estudantes!
Esse trabalho lindo é feito na Universidade de Passo Fundo (RS) e tem virado tradição para ajudar crianças que estão em tratamento quimioterápico.
Neste ano, 10 calouros participaram da iniciativa e contaram como o momento foi emocionante. As imagens são lindas: crianças com a cabecinha raspada passando a máquina nos estudantes de medicina, sorridentes, que brincam com os pequenos.
“Proporcionar um sorriso”
O “Trote do Bem” é promovido desde 2018 pela Associação Atlética Acadêmica Gaúchos de Passo Fundo (AAAGPF) da Escola de Medicina da Universidade de Passo Fundo e os cabelos são doados para confecção de perucas para pacientes oncológicos.
O Gabriel Reck Brentano, aluno do primeiro nível de medicina na UFP, teve seu cabelo raspado por Enzo, um menino de três anos que está em tratamento contra a leucemia.
“Eu fiquei muito feliz e emocionado de participar. O Enzo é uma criança muito querida e estava todo feliz e sorridente fazendo o corte.
Gabriel disse ainda que o câncer é uma doença difícil, e que poder proporcionar um sorriso para Enzo foi muito gratificante.
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Trote do Bem
O Trote do Bem se diferencia do trote mais tradicional, que por vezes expõe o estudante novato a algumas situações que podem ser constrangedoras.
“Buscamos proporcionar um momento de fuga e alívio para os pacientes pediátricos da oncologia e marcar o início da caminhada dos calouros no curso de Medicina, tendo esse primeiro contato com o ambiente hospitalar”, disse o presidente da AAAGPF e estudante de medicina, Luis Henrique Zahner.
O oncologista pediátrico Pablo Santiago, do Espaço Lúdico do Centro Oncológico Infantojuvenil do Hospital São Vicente de Paulo (HSPV), onde aconteceu a ação das crianças rasparem os cabelos dos alunos e cortarem os cabelos das meninas, disse que o ato leva um pouco mais de leveza para essas crianças que estão passando por situações tão delicadas.
“Essa troca de ambos os lados, com essa ação de raspar a cabeça, vinda de crianças que também tiveram que perder o cabelo para fazer o tratamento, estabelece na cabeça dos estudantes a necessidade da empatia, da proximidade com os pacientes, como se fosse o primeiro batismo deles, com relação ao que serão depois como profissionais”, afirmou Pablo.
O Trote do Bem nos fez lembrar a historia linda do neurocirurgião Caio Nuto. Ele deixou dois pacientes – de 8 e 5 anos – rasparem o cabelo dele e depois pintarem uma cicatriz na cabeça para o médico ficar “igual” aos pacientes. O vídeo viralizou na época. Relembre aqui.
Com informações de Universidade de Passo Fundo