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Injeção de células-tronco no coração reduz em 58% inflamação e infarto
8 de abril de 2023
- Monique de Carvalho
Injeção de células-tronco no coração se mostrou muito eficientes para diminuir pela metade riscos de doenças cardíacas e cerebrais. Foto: Reprodução/PreparaEnem e Werbe Fabrik.
Injeção de células-tronco no coração se mostrou muito eficientes para diminuir pela metade riscos de doenças cardíacas e cerebrais. Foto: Reprodução/PreparaEnem e Werbe Fabrik.

Uma única injeção de células-tronco do próprio paciente, aplicada no coração, conseguiu diminuir pela metade a inflamação e o risco de problemas cardíacos e cerebrais em pacientes humanos, com diagnóstico de insuficiência cardíaca.

A injeção reduziu em 58% a inflamação e o risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC).

“Pela primeira vez, descobrimos que as células-tronco podem tratar com sucesso a inflamação que causa a insuficiência cardíaca”, disse o cientista Emerson Perin. Ele trabalha na pesquisa em duas frentes, no Texas Heart Institute e na European Pharmaceutical Review com um grupo de pesquisadores.

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Testes com 500 pessoas

Durante este estudo, 537 pacientes com receberam uma injeção diretamente no tecido muscular do coração – ou um tratamento simulado sem injeção.

Todos os participantes também estavam recebendo tratamento padrão para insuficiência cardíaca no momento do estudo.

É o maior ensaio clínico de terapia celular para doenças cardíacas até hoje e demonstrou vários resultados positivos. Antes de entender a cura, vale a pena dedicar um momento para entender o problema.

Estudos

Nos Estados Unidos, cerca de 6 milhões de pessoas têm diagnósticos clínicos de insuficiência cardíaca, uma condição designada pela falta de capacidade do coração de bombear sangue o suficiente.

Quando menos de 40% do sangue dentro do coração é bombeado para o corpo, um indivíduo sofre de insuficiência cardíaca e pode, em teoria, a qualquer momento sofrer um evento cardiovascular como um ataque cardíaco. Isso é chamado de fração de ejeção do ventrículo esquerdo (LVEF), com a fração de uma pessoa saudável sendo de 55% a 70%.

Como a inflamação está intimamente associada a doenças cardíacas – ambas surgem dos mesmos padrões de estilo de vida ruins que causam a maioria dos casos de doenças cardíacas – os cardiologistas do Texas Heart Institute projetaram um tratamento que poderia tratar a inflamação.

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Seleção

O que eles selecionaram foram células-tronco retiradas da medula óssea de um paciente, chamadas células precursoras mesenquimais, que são replicadas em laboratório por meio de métodos proprietários desenvolvidos por uma empresa farmacêutica chamada Mesoblast, e injetadas diretamente no coração.

Em primeiro lugar, o tratamento, chamado rexlemestrocel-L, foi bem tolerado e não causou inflamação adicional em nenhum paciente que o recebeu. Em segundo lugar, os pacientes tratados apresentaram aumento do desempenho da FEVE e os corações estavam bombeando mais volume de sangue.

“Estamos muito encorajados com esses dados de estudo que indicam o potencial de nossa terapia celular alogênica para abordar as principais áreas de necessidades não atendidas em pacientes com insuficiência cardíaca, onde os tratamentos convencionais não são eficazes”, informou via comunicado o CEO da Mesoblast, Silviu Itescu.

Emerson Perin é um dos cientistas especialistas em injeção de células-tronco. O estudo realizado por Emerson é o maior ensaio clínico de terapia celular até hoje em pacientes com insuficiência cardíaca. Foto: Reprodução/CNN.
Emerson Perin é um dos cientistas especialistas em injeção de células-tronco. O estudo é o maior ensaio clínico de terapia celular até hoje em pacientes com insuficiência cardíaca. Foto: Reprodução/CNN.

Com informações do Freethink

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