Que orgulho! A modelo brasileira indígena Emilly Nunes, descendente da comunidade Aruans, do Norte do Brasil, estreou na Semana de Moda Europeia e arrasou! A modelo paraense é gigante! Tem 1,81 metro, usa manequim 26/38, tem cabelos longos, olhos escuros e chama a atenção por onde passa.
Não à toa: é pura elegância. Emilly, de 23 anos, foi descoberta após postar fotos no perfil dela Instagram. Os olhos na Semana de Moda de Milão, na Itália, se voltaram para Emilly quando entrou no palco desfilando a grife Diesel. Mas a história dela não foi nada fácil.
Até ser descoberta, passou por muito empregos, inclusive como caixa de supermercado e vendedora de celular. “Eu acompanhava desde criança os desfiles de moda, quando calçava o salto-alto da minha mãe e desfilava pelos cômodos de casa”, disse.” Estou realizando sonhos”, comemorou.
História
Criada entre Belém e a paradisíaca Ilha de Marajó, Emilly, no ano passado, fez 17 entradas na passarela do São Paulo Fashion Week, um recorde entre as modelos.
Emilly foi descoberta nas telas do smartphone porque as fotos dela postadas no Instagram foram parar nas mãos do scouter (profissional responsável por identificar e selecionar candidatos para se tornarem modelos).
Do scouter Vivaldo Marques até Anderson Baumgartner, diretor da Way Model, foi rápido. O book da da modelo paraense, que é filha de indígenas, pode ser visto aqui.
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Os traços
Com traços tipicamente brasileiros, a modelo chama a atenção também pelo sorriso expressivo.
Há três anos no mercado da moda, Emilly fez ensaios para a revista Vogue Brasil, com as capas “Paratodos” (maio/2020) e “Guardiões da Floresta” (set/2020), também da Vogue Portugal, e estrelou publicidades de grifes famosas.
Em entrevista para a Vogue, no Instagram, Emilly mostrou que além de talento ela quer ser espelho. A modelo revelou a responsabilidade que acredita ter para abrir portas.
“Por muito tempo a gente foi invisibilizado. Eu vim para abrir portas”, diz a modelo. “Eu quero mostrar lá fora que sim, a gente está aqui, a gente pode ocupar esses lugares”, acrescenta.
Com informações da O Liberal