O amor muda tudo! Um casal adotou 3 irmãos que sofreram o segundo abandono nessa vida. As crianças foram devolvidas na adoção anterior e agora iriam para adoção internacional e não voltariam a se ver.
Mas Carlos e Lucas adotaram os três no Rio de Janeiro e acabaram com o fantasma da separação da família. Juntos desde 2009, Carlos Henrique Ruiz, de 36 anos, e Lucas Rabello Monteiro, de 31 anos, sempre tiveram o sonho de formar uma família grande e linda. E conseguiram!
Após mais de um ano esperando, hoje eles são pais dos irmãos Kawã, Edgard e Ketlin e compartilham a rotina da família nas redes sociais para inspirar outros pais que pensam em adotar.
O sonho de adotar
O casal sempre conversava sobre a possibilidade de se casar e aumentar a família por meio da adoção. Então, Lucas passou um dia em frente à Vara da Infância e Juventude de Araruama e decidiu perguntar como era o processo de adoção.
Em 2019, Carlos Henrique e Lucas decidiram que iam tentar alcançar o sonho. “A gente viu que facilitaria muito o processo se fizéssemos a união estável. Pensando no bem dos nossos filhos e no processo, fizemos uma união estável”, contou Lucas.
Aí, Carlos e Lucas tiveram que se inscrever num curso para pais que querem adotar crianças. Os dois demoraram quase 10 meses para estarem aptos para a seleção.
Preconceito zero
Apesar da alegria de poder adotar os 3 irmãos, os pais estavam com receio de que pudessem ser alvo de homofobia. Mas, felizmente, nada disso aconteceu. Vai planeta!
“Não teve nada do que a gente ouve dizer por aí. Tivemos pessoas incríveis ao nosso lado durante o processo, que ajudaram muito a gente, desde o médico que deu o laudo, ao pessoal da Vara da infância. Foram muito parceiros”, enfatizou.
Felizes que poderiam entrar na fila de adoção, eles tiveram que decidir a idade e quantas crianças iriam fazer parte dessa nova família.
Cabe mais um?
A única exigência que o casal tinha? Duas crianças, de até 8 anos, e de qualquer etnia, bem diferente da maioria dos casais que entra na fila da adoção. Só que o destino reservava mais…
“Em seguida, a gente já estava aberto para o caso de uma terceira criança. A gente já tinha pensado, que se fossem dois meninos que viessem para nós, nós continuaríamos na fila para uma menina ou vice-versa”, disse Carlos.
Até que eles viram pela primeira vez os nomes dos 3 irmãos – Kawã de 12 anos, Edgard com 9 anos e Ketlin de apenas 5 aninhos – num grupo de WhatsApp para os candidatos à adoção.
“Não tinha foto e não tinha muitas informações. Era só a inicial de cada nome e a idade de cada um. A gente, naquele momento, identificou que eram nossos filhos, mesmo sem fotos, sem nada. Foi uma ligação espiritual”, afirmou Carlos.
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Incentivar outros casais
E o fato de as crianças terem sido devolvidas em adoção anterior? Isso não foi impeditivo para Lucas e Carlos.
“A Vara foi muito cautelosa com a gente, porque as crianças tinham acabado de ser devolvidas por outros pretendentes. Já estavam sendo encaminhadas para uma adoção Internacional e seriam separados”, contou Carlos Henrique.
Finalizado em 2021, o processo de adoção correu tranquilo e os irmãos foram morar com o casal.
Hoje em dia, eles formam uma linda família e ainda compartilham a rotina nas redes sociais.
Inspirados, eles dizem que postam a rotina na web para gerar incentivo a outros casais.
“Para que mais pessoas tenham coragem de seguir em frente nessa vontade de ter a sua família, do jeito que for: seja apenas um pai, uma mãe”, concluiu Lucas.
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Com informações de Primeira Página.