O Fundo da Amazônia, espécie de crédito que outros países dão ao Brasil pelos bons resultados de suas políticas ambientais, vai receber 80 milhões de libras, o equivalente a R$ 500 milhões do governo britânico. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak. É um reconhecimentos pelos esforços para o desenvolvimento e pela preservação da região.
Sunak se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Londres, no Reino Unido, antes das cerimônias de coroação do rei Charles III, que ocorreu neste sábado (06/05).
A Presidência da República informou que o Brasil é o quarto país que mais recebe recursos do International Climate Finance (ICF), principal programa britânico para financiamento de projetos na área ambiental, com recursos de 260 milhões de libras, cerca de R$ 1,4 bilhão.
Redes Sociais
Nas redes sociais, o presidente Lula disse que foi “uma boa conversa” sobre as relações comerciais entre dois países, a proteção do meio ambiente e a paz no mundo.
Antes do encontro, Lula reiterou, aos jornalistas, os compromissos do Brasil com a questão climática e o combate ao desmatamento e disse que todos precisam cumprir os acordos internacionais firmados no âmbito das Nações Unidas.
Lula agradeceu ao premiê britânico pelo apoio. Segundo ele, o momento é de buscar “restabelecer uma normalidade” nas relações entre o Brasil e o Reino Unido. Para o presidente, há “possibilidades enormes” de aumento das trocas comerciais entre os dois países.
No ano passado, o comércio bilateral movimentou US$ 6,5 bilhões, alta de 15% em comparação com 2021.
As exportações brasileiras para os britânicos somaram US$ 3,7 bilhões, porém representam menos de 2% do total das vendas externas do país.
As importações ficaram em US$ 2,8 bilhões. O saldo é favorável ao Brasil. As áreas com mais investimento do Reino Unido são extração, financeira e transporte.
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Fundo Amazônia
Criado em 2008, o fundo investe em ações de combate ao desmatamento e de promoção da sustentabilidade na região.
É gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pode ser visto como uma espécie de crédito que outros países dão ao Brasil pelos bons resultados de suas políticas ambientais.
Há autonomia do governo para definir como utilizar os recursos, mas depende das decisões de duas instâncias: Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa) e Comitê Técnico do Fundo Amazônia (CTFA).
No fim de abril, os Estados Unidos anunciaram US$ 500 milhões para o Fundo Amazônia em cinco anos. Alemanha doou 35 milhões de euros e a Noruega promete reativar os repasses. O financiamento, voltado para a proteção ambiental, ainda deve ser negociado pelo presidente norte-americano, Joe Biden, com o Congresso do país.
A doação de 500 milhões do governo britânico para o Fundo Amazônia, é mais uma das ações que vão ajudar na preservação da floresta com o fortalecimento de políticas ambientais.
Com informações da Agência Brasil