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Ouvir música na gravidez ajuda o bebê a falar e ouvir melhor, diz estudo
10 de maio de 2023
- Renata Dias
Pesquisadores da Espanha confirmaram que ouvir música na gravidez faz o bebê falar e ouvir melhor porque ativa um mecanismo que melhora a capacidade cognitiva e neurológica dele. - Foto: Pixabay
Pesquisadores da Espanha confirmaram que ouvir música na gravidez faz o bebê falar e ouvir melhor porque ativa um mecanismo que melhora a capacidade cognitiva e neurológica dele. - Foto: Pixabay

Quem está grávida ou planejando ter filhos vai gostar muito desta descoberta feita em uma universidade da Espanha. Segundo os pesquisadores, a música na gravidez ajuda o bebê a falar e escutar melhor porque ativa um mecanismo que melhora a capacidade cognitiva e neurológica dele.

O estudo acompanhou 60 crianças no período de 12 a 72 horas após o parto. Em todos os casos, as mães mantinham uma rotina com músicas diárias durante as últimas semanas de gestação. O resultado foi bem melhor que o esperado!

A exposição musical estimula a capacidade de codificação neuronal dos sons da fala do bebê, o que que pode melhorar a percepção dele. Para os pesquisadores, a descoberta está na Resposta de Seguimento de Frequência (RSF), que informa sobre a codificação neural apropriada dos sons da fala. Muito bacana!

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Estímulos

Sonia Alcón, da Universidade de Barcelona (Espanha), uma das pesquisadoras, afirmou que a música reage como uma espécie de gatilho que incentiva as reações do cérebro e do sistema neurológico.

“O estímulo musical chega ao sistema auditivo com componentes rítmicos de baixa frequência que o treinam para organizar a plasticidade neural, disse a cientista.

A Resposta de Seguimento de Frequência é condicionada por uma variedade de deficiências de fala e linguagem, e o estudo comprovou que ela é afetada pelo ambiente fetal e pelo ambiente acústico pré-natal.

Com isso, os pesquisadores propõem que essa medida seja usada como um biomarcador para detectar o risco de comprometimento da linguagem e estabelecer medidas preventivas no início da vida.

“Este é apenas o primeiro passo para uma aplicação clínica específica após os necessários estudos de acompanhamento,” disse o professor Carles Escera, coordenador da pesquisa.

Bebês frágeis

Para Carlos Escera, a música pode ajudar inclusive bebês de baixo peso.

“Portanto, crianças com uma resposta cerebral atenuada, por exemplo, bebês nascidos com baixo peso, podem se beneficiar de um programa de intervenção musical.”

As experiências auditivas fetais moldam as preferências linguísticas e musicais dos recém-nascidos.

Desde o primeiro momento após o nascimento, os recém-nascidos preferem sua língua nativa, reconhecem a voz de sua mãe e mostram uma maior capacidade de resposta às canções de ninar apresentadas durante a gravidez.

Os fundamentos neurais dessa plasticidade indutora de experiência permaneceram indefinidos.

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Pesquisa

A pesquisa foi realizada com uma amostra de 60 recém-nascidos saudáveis ​​nascidos com idade entre 12 e 72 horas, em dois grupos.

Um grupo reuniu 29 bebês que ouviram música ainda no útero e outro grupo tinha 31 que não escutavam som harmônico todos os dias.

A exposição pré-natal foi avaliada retrospectivamente por meio de um questionário no qual as mães contavam com que frequência cantaram ou ouviram música em alto-falantes durante o último trimestre da gravidez.

Os dados revelaram que recém-nascidos expostos diariamente à música têm maior sintonia com a frequência da fala humana, o que auxilia no processamento e aquisição precoce da linguagem.

A pesquisa acompanhou 60 bebês recém-nascidos. - Foto: Universidad de Barcelona
A pesquisa acompanhou 60 bebês recém-nascidos. – Foto: Universidad de Barcelona

Com informações de National Library of Medicine e Diário de Saúde

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