A demência, doença silenciosa que apaga aos poucos a memória, o bom senso e a fluidez de pensamento, pode, sim, ter uma prevenção simples. A conclusão é de pesquisadores que se concentram nos estudos do tema.
Segundo os cientistas, basta mudar hábitos cotidianos, como evitar fumo, ambientes poluídos, cuidar da audição, do peso e da hipertensão. E ainda reforçam: nada de se isolar nem de aderir ao sedentarismo.
São ações que, quando aplicadas no dia a dia, trazem mais chance de preservar a mente. A conclusão é do grupo de estudos Modifying Dementia Risk, que integra o Departamento de Psiquiatria da Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Alerta aos fatores de risco
A pesquisa apontou que a demência se agrava quando a pessoa tem baixa escolaridade, então estimular o cérebro é uma alternativa, as palavras cruzadas, a leitura constante e o aprendizado de novas atividades.
Também, de acordo com os estudos, é preciso estar atento à perda de audição. Escutar mal pode levar ao isolamento social.
A pesquisa mostrou que problemas de saúde, sem controle médico, como hipertensão, diabetes e obesidade agravam o quadro de demência, além do traumatismo cranioencefálico.
O hábito do cigarrinho, do charuto e cachimbo também contribuem para acentuar o avanço da doença sobretudo se a pessoa estiver exposta à poluição do ar.
Por fim, os pesquisadores recomendam: ao primeiro sinal de depressão, frequente em idosos, buscar ajuda. Nada de se isolar, isso não contribui. O sedentarismo também é um fator agravante, de acordo com a pesquisa.
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Sinais e sintomas
Especialistas advertem sobre os principais sinais e sintomas de demência.
Em geral há perda gradual e progressiva da memória, confusão mental, perda da capacidade de resolver problemas, mudanças de comportamento, perda do reconhecimento de locais familiares e de interesse e incapacidade de realizar as atividades habituais.
Existem quatro tipos de demências que costumam ser mais diagnosticadas, como o Alzheimer, a Vascular, a Corpos de Lewy, a Frontotemporal e as parkinsonianas.
Os pesquisadores de Oxford querem compreender por que certas pessoas envelhecem com sucesso até os 85 anos ou mais sem nenhum sinal de demência e, outras não.
Uma das hipóteses associam aos fatores de estilo de vida que contribuíram para a ‘cognição saudável’ na vida adulta. Mais informações na página do grupo de estudos.