A beatificação do médico e surfista brasileiro Guido Schäffer. O primeiro passo para Guido virar santo foi dado pelo Papa Francisco, ao reconhecer as chamadas “virtudes heroicas” do brasileiro, que morreu aos 35 anos no Rio de Janeiro. Depois disso surgiram vários depoimentos de pessoas que atribuem milagres ao médico surfista.

Guido Schäffer ficou conhecido pelo trabalho que fazia nas comunidades carentes do Rio de Janeiro de prevenção e tratamento de pacientes com AIDS. No período em que fazia medicina, ele também ingressou no seminário para se tornar padre. Mas morreu no mar, ao ser atingido pela prancha de surf dele.

Após a beatificação autorizada pelo papa, vem a canonização, a última etapa para considerar alguém como santo ou santa.

O “santo surfista”

O Vaticano autorizou o Dicastério das Causas dos Santos a promulgar o Decreto que reconhece as virtudes heroicas de 8 Servos de Deus.

O Vaticano reuniu uma série de milagres e curas atribuídos a Guido. A partir daí o surfista brasileiro está em processo de beatificação e canonização no Vaticano desde 2015.

Guido morreu afogado em 1º de maio de 2009, quando estava no mar, na praia do Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, e foi atingido na cabeça por sua prancha de surfe.

Nas redes sociais, os fiéis comemoram o início da beatificação. O padre Jorjão, presidente da Associação Católica Guido Schäffer, disse que o reconhecimento da Igreja é resultado da fé de todos e da certeza na força do santo surfista.

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Depoimentos

A Igreja reuniu vários depoimentos que atribuem a Guido milagres.

Uma delas é a história de Maria Lúcia de Oliveira Ribeiro, mãe de Renan Oliveira Ribeiro.

Em maio de 2015, Renan, então com 27 anos, sofreu um grave acidente de carro perto da Serrinha, vindo de Aperibé (RJ) para Itaocara (RJ). Sem cinto de segurança e sob efeito de álcool, bateu o veículo.

Segundo a mãe, as orações e apelos ao santo surfista fizeram milagre e conseguiram o que a medicina, na época, disse ser impossível: salvar Renan sem sequelas.

Outros futuros santos

No mesmo Decreto de Guido, mais sete personalidades foram reconhecidas, como o sacerdote italiano Giuseppe Beotti durante a ocupação nazista.

A beatificação do médico e surfista Guido Schäffer, que morreu afogado em 1º de maio de 2009 no Rio de Janeiro. Ele era de Volta Redonda – Foto: Arquidiocese/Divulgação

Renan Oliveira e a mãe Maria Lúcia de Oliveira Ribeiro que atribuem ao médico e  surfista Guido Schäffer a graça pela cura do rapaz desenganado pelos médicos – Foto: arquivo pessoal

Com informações do Vatican News e depoimentos do Vatican News.