O 1º medicamento injetável contra o HIV no Brasil, aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), tem ação prolongada e é mais efetivo.
Chamado de cabotegravir ou de apretude, o remédio é desenvolvido pela farmacêutica britânica GSK e age como uma profilaxia pré-exposição (PrEP), reduzindo as chances de infecção pelo vírus mesmo depois de contato direto.
“Precisamos de um agente injetável para conter a propagação deste vírus e é a primeira vez que temos sucesso nos testes de fase III sobre agentes preventivos”, disse na época Kimberly Smith, chefe de desenvolvimento da GSK.
Vantagem do novo remédio
O cabotegravir é uma das mais recentes soluções na busca por uma vacina e cura pela infecção pelo vírus HIV em todo o mundo, que já passa de 84 milhões de pessoas.
A principal vantagem em relação aos métodos já disponíveis, é que o produto injetável tem maior tempo ação, além de dispensar a ingestão de um comprimido todos os dias para garantir a prevenção.
Ele tem uma ação mais prolongada que a PrEP – Profilaxia pré-exposição – já distribuída no Sistema Único de Saúde gratuitamente.
A GSK revelou que o medicamento cabotegravir tem uma eficácia de 69% na prevenção do HIV quando comparado ao PrEP oral, consumido via comprimidos.
Duas doses
A aprovação do medicamento foi publicada n Diário Oficial da União na semana passada.
São duas doses iniciais com um intervalo de quatro semanas entre cada uma delas. Depois, o usuário recebe o reforço a cada oito semanas.
Kimberly lembrou ainda que, apesar do comprimidos orais, a AIDS tem avançado no mundo, e a injeção pode ser uma das estratégias para conter a disseminação do vírus HIV.
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Aprovado no mundo
A Agência Reguladora dos Estados Unidos, FDA, aprovou o cabotegravir em 2021.
A maior autoridade de saúde no mundo, a Organização Mundial da Saúde, recomendou o uso do PrEP para prevenir o vírus em 2022, mas só agora ele foi aprovado no Brasil.
No Brasil
Apesar de a Anvisa ter aprovado o medicamento injetável contra HIV nesse ano, em 2022 a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e a Unitaid, uma agência ligada à OMS, anunciaram que estavam estudando a implantação do remédio no Brasil.
A ideia inicial era distribuir o remédio no Sistema Único de Saúde, assim como já acontece com o PrEP oral.
Ainda não se sabe quando o novo medicamento começará a ser vendido no país.
Com informações do R7