1º medicamento injetável contra HIV aprovado pela Anvisa tem ação prolongada

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Por Vitor Guerra
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A aprovação pela Anvisa do primeiro medicamento injetável contra o HIV, pode ser uma das estratégias para combater a avanço do vírus no país. - Foto: Reprodução/GSK.

O 1º medicamento injetável contra o HIV no Brasil, aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), tem ação prolongada e é mais efetivo.

Chamado de cabotegravir ou de apretude, o remédio é desenvolvido pela farmacêutica britânica GSK e age como uma profilaxia pré-exposição (PrEP), reduzindo as chances de infecção pelo vírus mesmo depois de contato direto.

“Precisamos de um agente injetável para conter a propagação deste vírus e é a primeira vez que temos sucesso nos testes de fase III sobre agentes preventivos”, disse na época Kimberly Smith, chefe de desenvolvimento da GSK.

Vantagem do novo remédio

O cabotegravir é uma das mais recentes soluções na busca por uma vacina e cura pela infecção pelo vírus HIV em todo o mundo, que já passa de 84 milhões de pessoas.

A principal vantagem em relação aos métodos já disponíveis, é que o produto injetável tem maior tempo ação, além de dispensar a ingestão de um comprimido todos os dias para garantir a prevenção.

Ele tem uma ação mais prolongada que a PrEP – Profilaxia pré-exposição – já distribuída no Sistema Único de Saúde gratuitamente.

A GSK revelou que o medicamento cabotegravir tem uma eficácia de 69% na prevenção do HIV quando comparado ao PrEP oral, consumido via comprimidos.

Duas doses

A aprovação do medicamento foi publicada n Diário Oficial da União na semana passada.

São duas doses iniciais com um intervalo de quatro semanas entre cada uma delas. Depois, o usuário recebe o reforço a cada oito semanas.

Kimberly lembrou ainda que, apesar do comprimidos orais, a AIDS tem avançado no mundo, e a injeção pode ser uma das estratégias para conter a disseminação do vírus HIV.

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Aprovado no mundo

A Agência Reguladora dos Estados Unidos, FDA, aprovou o cabotegravir em 2021.

A maior autoridade de saúde no mundo, a Organização Mundial da Saúde, recomendou o uso do PrEP para prevenir o vírus em 2022, mas só agora ele foi aprovado no Brasil.

No Brasil

Apesar de a Anvisa ter aprovado o medicamento injetável contra HIV nesse ano, em 2022 a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e a Unitaid, uma agência ligada à OMS, anunciaram que estavam estudando a implantação do remédio no Brasil.

A ideia inicial era distribuir o remédio no Sistema Único de Saúde, assim como já acontece com o PrEP oral.

Ainda não se sabe quando o novo medicamento começará a ser vendido no país.

O cabotegravir é um remédio de longa duração desenvolvido pelo laboratório anglo-sueco GSK. - Foto: Reprodução/GSK.

O apretude (cabotegravir) é um remédio de longa duração desenvolvido pelo laboratório anglo-sueco GSK. – Foto: Reprodução/GSK.

O cabotegravir se destaca por dispensar o uso diário de medicamentos, como o PrEP oral. Foto: Reprodução/Getty Images.

O apretude (cabotegravir) se destaca por dispensar o uso diário de medicamentos, como o PrEP oral e por ter ação prolongada. – Foto: Reprodução/Getty Images.

Com informações do R7