Um marco importante foi registrado e por uma causa muito justa. O maior abaixo-assinado da história do Brasil foi entregue em Brasília. O documento com 6 milhões de assinaturas, em defesa da Amazônia, foi levado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
A ação foi desenvolvida pela equipe da plataforma de petições online Change.org e entregue à secretária de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais da pasta, Rita Mesquita. Ela recebeu os cadernos simbolizando as assinaturas.
“Levamos ao ministério o apelo da sociedade em torno desses biomas. São milhões de assinaturas simbolizando a voz dos brasileiros e brasileiras que cobram ações para a defesa da Amazônia e do Pantanal. Um grito pelo meio ambiente, que foi ouvido pelo Ministério”, diz Monica Souza, diretora-executiva da Change.org, que participou da ação, em entrevista ao Só Notícia Boa.
Pelo fim das queimadas
Aberto em 2018, por uma moradora de Manaus, capital do Amazonas, a campanha é a maior já criada na versão brasileira da plataforma Change.org. A organização responde como a maior plataforma de petições online do Brasil e do mundo.
Na ocasião, também foi apresentado um manifesto pelo fim das queimadas no Pantanal. O documento “O Pantanal Importa” reúne mais de 1,3 milhão de assinaturas e foi lançado pelo jovem ativista socioambiental Gabriel Adami, que participou do ato de entrega.
O ministério recebeu as demandas e comentou sobre ações que serão tomadas em relação aos pedidos dos abaixo-assinados. Respostas oficiais serão publicadas nas petições.
A voz do povo
Petições são uma forma legítima de manifestação da sociedade. Grandes mobilizações frutos de abaixo-assinados na internet são capazes de gerar importantes debates no País ao indicar o posicionamento das pessoas sobre determinadas pautas de interesse público.
A entrega do documento foi parte de uma ação inédita promovida pela Change.org. Junto a outras organizações e aos ativistas que criaram as mobilizações. A equipe levou ainda outras demandas a autoridades tomadoras de decisão no Governo Federal. No total, foram entregues 21 petições, totalizando 20,4 milhões assinaturas, a cinco ministérios.
“O objetivo dessa ação foi abrir diálogo e espaço para que a manifestação pública dessas milhões de pessoas que se mobilizam em abaixo-assinados na internet pudesse ressoar dentro dos gabinetes do governo e provocar a ação das autoridades”, explica Monica.
No dia 16, o grupo participou de uma reunião com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que recebeu sete petições ligadas à causa animal, com 3,9 milhões de assinaturas.
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Mutirão de entregas de petições
A reunião com o Ministério do Meio Ambiente encerrou o mutirão que teve início no dia 16, com duas audiências.
Além do encontro com a ministra Marina Silva, no mesmo dia a equipe da Change.org foi ao Ministério dos Direitos Humanos para apresentar abaixo-assinados sobre os casos João Pedro e Miguel, além de outros dois com pedidos de conclusão para o caso Dom e Bruno e mais um por direitos para pessoas trans e travestis.
Já na tarde do dia 17, um encontro foi realizado com o Ministério da Educação (MEC) para a entrega de duas petições. Os abaixo-assinados acumulam 3,1 milhões de signatários em defesa das universidades públicas e contra a proposta de taxação dos livros.
No dia seguinte (18/5), foram realizadas audiências com os ministérios das Mulheres e da Igualdade Racial. Ao primeiro órgão, foram levadas seis petições em defesa de leis e de políticas públicas sobre saúde, acessibilidade, segurança, justiça e trabalho às mulheres.
Ainda houve uma reunião com o Ministério da Igualdade Racial. Além da Change.org, os pais do adolescente João Pedro, assassinado em operação policial no Rio de Janeiro, em 2020, também participaram. No mesmo dia, completaram-se 3 anos do assassinato do menino.
Ao ministério foram apresentados dois manifestos abertos na Change.org: “Justiça por João Pedro”, com 3 milhões de assinaturas, e “Justiça por Miguel”, que reúne 2,8 milhões de signatários. Mirtes Renata, mãe do menino Miguel Otávio, morto ao cair de um prédio em Recife (PE), também no ano de 2020, falou em uma carta que foi apresentada ao órgão.
Em parceria com a Change.org.