Pesquisadores de uma universidade desenvolveram um concreto, feito a partir do bagaço da cana-de-açúcar e ligantes naturais, que pode ser uma solução sustentável para emissão de gases na construção civil. O produto final é mais leve do que o tijolo tradicional e tem menos de 20% de carbono. É sustentável e viável!
A invenção que pode revolucionar o mercado é de cientistas da Universidade de East London (UEL), no Reino Unido, em parceria com a empresa de arquitetura Grimshaw e a fabricante de açúcar Tate & Lyle Sugar.
A ideia inicial do projeto era desenvolver produtos no ramo da construção que tivessem níveis muito baixos de emissões de carbonos. A novidade, além de diminuir a poluição, também pode ser reaproveitada na hora do descarte.
Construção sustentável
A cana-de-açúcar é uma das maiores culturas do mundo, gerando anualmente uma grande quantidade de bagaço.
Poluir menos e reciclar mais, essa é a premissa do Sugarcrete, o concreto de cana-de-açúcar.
O material é produzido a partir de uma modelagem digital avançada e apresenta propriedades mecânicas, acústicas e resistência ao fogo.
O concreto desenvolvido pelos pesquisadores usa o bagaço da cana e outros minerais para criar uma solução mais sustentável na área de biomateriais.
Super resistente, o produto é mais leve que o concreto tradicional e tem pouca porcentagem de carbono.
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Produção
O processo é bem semelhante ao de um tijolo normal.
Há a mistura, fundição e secagem do bagaço junto com as outras mineiras. Como a matéria-prima do Sugarcrete é a cana-de-açúcar, fica muito mais fácil reproduzir o produto em grande escala, além de ser barato e não poluente.
Durante testes realizados nos laboratórios da UEL mostraram como a alternativa pode ser muito promissora para o futuro da construção civil limpa e sustentável.
Foram 20 vezes menos emissões de carbono do que o concreto tradicional, fora que a reciclagem do bagaço pode, por exemplo, ajudar no desenvolvimento de construções feitas localmente para comunidades produtoras de açúcar.
Agora, que os primeiros testes foram realizados, a equipe que trabalhou no Sugarcrete que continuar aprimorando a estrutura, durabilidade e acústicas do material.
Veja o vídeo sobre o Sugarcrete:
Com informações de Universidade do Leste de Londres.