Uma pesquisa comprovou que a companhia dos pets é mais importante do que imaginamos. Segundo dados da Human Animal Bond Research Institute (HABRI) os animais, de fato, ajudam as pessoas que lutam contra depressão e ansiedade.
A pesquisa foi feita com 2.000 pessoas com pets. Desse total, 74% relataram uma melhora na saúde mental em decorrência da relação com o animal de estimação, e 75% relatam melhora da saúde mental de um amigo ou familiar devido a presença de um pet.
O Só Notícia Boa conversou o médico veterinário, especialista em clínicas de pequenos animais, Alex Gonçalves, e ele explicou porque esses “remedinhos” tão fofos podem trazer mais bem-estar e melhoria da saúde mental para as nossas vidas.
Terapia assistida
“Os animais acionam neuroreceptores que liberam substâncias químicas que atuam diretamente no cérebro, retardando o declínio cognitivo, além de proporcionar sensação de bem-estar e relaxamento. Também melhoram o humor, devido a produção de hormônios nos humanos como a serotonina”, explicou o médico veterinário.
Outros estudos recentes mostram que a Terapia Assistida por Animais (TAA), como os cães, gatos, cavalos, peixes e tartarugas é usada em crianças com algum nível de deficiência, com autismo e também nas Unidades de Tratamento Intensivos (UTIs).
“Não existe necessariamente uma espécie animal que vai estimular o cérebro, embora os mais prevalentes nas terapias sejam o cachorro, gato e o cavalo”, disse Dr. Alex.
Estes estímulos acontecem através do toque físico direto no corpo do animal, como explica o médico.
“Os profissionais de fisioterapia usam técnicas para impulsos neurosensoriais, motores e físicos. No caso dos cavalos, para pacientes com deficiência motora, o calvagar ajuda na postura e no estímulo sensorial”, completou.
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Efeitos positivos
Dr. Alex falou também da grande influência dos animais no tratamento psicológico.
“Incentiva a redução dos níveis de cortisol, hormônio que também ajuda o organismo a controlar o estresse, e, consequentemente, melhora os níveis de ansiedade, proporcionando sensação de acolhimento, afeto e atenção”.
Tudo tem ligação com o amor mútuo entre tutores e bichinhos: “o cuidar do animal faz com que o paciente desenvolva rotinas e também interação com outros indivíduos, e essa socialização auxilia no processo de recuperação”.
“Em contato com os humanos, os animais estimulam a liberação de hormônios importantes para retardar processos de demência, além de gerar conforto físico, mental e social, uma vez que os tutores se sentem acolhidos dentro das suas restrições e isso os tornam mais felizes”, concluiu.
Considere adotar um bichinho!