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Refugiados afegãos, com sarna em aeroporto, já estão em hotel no litoral de SP

Vitor Guerras
02 / 07 / 2023 às 08 : 53
As famílias de refugiados afegãos estão sendo acomodadas em um hotel. Elas tomaram vacinas e receberam cuidados médicos. - Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil
As famílias de refugiados afegãos estão sendo acomodadas em um hotel. Elas tomaram vacinas e receberam cuidados médicos. - Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

As famílias dos 150 refugiados afegãos, que estavam provisoriamente no Aeroporto de Guarulhos (SP), foram transferidas para o hotel Colônia de Férias do Sindicato dos Químicos, em Praia Grande, em São Paulo.

O grupo foi colocado em 50 apartamentos com camas, armários, ventilador, microondas, televisão e suporte de apoio. O processo de transferência foi definido depois de um surto de sarna entre os afegãos.

Eles foram levados nesta sexta-feira (30) e receberam atendimento médico após uma ação conjunta da Secretaria Nacional de Justiça, do governo de São Paulo, das prefeituras de Guarulhos e Praia Grande, além do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e da Organização Internacional para as Migrações Cáritas (OIM).

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A contaminação

Doença de contaminação rápida e transmitida entre os humanos, a sarna prolifera em ambientes sujos e de higiene insatisfatória. Das 150 pessoas, há 35 crianças e 16 adolescentes.

A população do Afeganistão é uma das que mais sofrem com conflitos políticos e religiosos, além das adversidades climáticas, como secas e baixas temperaturas no inverno.

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Ganharam conforto

Diferentemente do saguão de um aeroporto, onde as famílias estavam vivendo, a Colônia tem tudo que elas precisam para viver com dignidade.

Nas áreas comuns, que poderão ser utilizadas por todos, há jardim, piscina e um espaço exclusivo para tratamento de saúde e refeições.

O que é ser refugiado

Pela lei de refúgio nº  9474/1997, há três situações bem específicas em que uma pessoa é considerada refugiada.

No caso dos afegãos, eles se enquadram nas três situações:

  • Por temerem perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas;
  • Estando fora do país onde antes teve sua residência habitual, não possam ou não queiram regressar em função das circunstâncias anteriores;
  • Generalizada violação de direitos humanos.

Com a forte influência e pressão do grupo fundamentalista religioso Talibã, o Afeganistão voltou a sofrer ainda mais as vulnerabilidades sociais.

Busca por vida melhor

Segundo o relatório atual da Acnur, no período entre janeiro de 2022 e abril de 2023, mais de 6.000 afegãos chegaram no Brasil.

De acordo com as autoridades, o esforço é que essas pessoas consigam ter uma vida digna no país escolhido como nova casa.

Somente em junho deste ano, 356 tinham solicitação ativa de refúgio.

Entre os 150 afegãos, mais de 30 crianças. Foto: Reprodução/Roverna Rosa (Agência Brasil).
Entre os 150 afegãos, mais de são 30 crianças. Foto: Reprodução/Roverna Rosa (Agência Brasil).

Com informações de Agência Brasil.

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