O cinema de Hollywood surpreendeu mais uma vez e rejuvenesceu o ator Harrison Ford, de 80 anos, para o novo filme da sequência, Indiana Jones e o Chamado do Destino.
A empresa responsável pela mágica foi a norte-americana vencedora de vários oscars, Industrial Light & Magic (ILM). Ao todo, foram destinados mais de 100 profissionais, que trabalharam durante três anos até o resultado final, que ficou incrível.
Os especialistas em efeitos especiais utilizaram ferramentas 3D, fotos dos filmes antigos e um longo processo de escaneamento da cabeça do ator, que vai aparecer em flashbacks lutando contra nazistas em 1944.
ILM FaceSwap
Envelhecer atores não é uma novidade para os trabalhadores da ILM, mas rejuvenescer foi um desafio e tanto.
“Sabíamos que teríamos que usar todas as ferramentas que já tínhamos e desenvolver algumas novas”, disse Andrew Whitehurst, supervisor de efeitos visuais da ILM.
Criou-se então a ILM FaceSwap, uma nova versão da técnica de rejuvenescer pessoas através do fotorrealismo.
Mas como?
Fato é que todo mundo quer saber como o cinema rejuvenesceu Harrison Ford, né?
A técnica combina um novo conjunto de ferramentas 3D e elementos extraídos da fotografia no set do novo filme do explorador mais querido da telinha.
“Usamos um material de referência baseado em aprendizado de máquinas de filmes anteriores de “Indiana Jones”.
Com esse material em mãos, era hora de transformar o molde 2D fornecido pelo aprendizado de máquina, em algo 3D que pudesse ser empregado nas telas.
“Isso envolveu colocar Harrison no processo de gravação de várias expressões faciais. Usamos tecnologias para misturar todas elas e obter o resultado final”, explicou Robert Weaver, supervisor de efeitos especiais.
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3 anos de trabalho
O trabalho foi longo, durou três anos, e uma das primeiras coisas feitas foi escanear a cabeça do ator para ter um modelo atual.
Depois, a equipe começou a aplicar os efeitos visuais e construir uma nova face que seria usada na cena que se passa em 1944.
Robert destacou ainda que a compreensão de Harrison foi fundamental para que tudo desse certo e saísse do jeito que a equipe do filme queria.
“Conseguimos porque a confiança no desempenho de Harrison foi de extrema importância. Ele foi a principal força motriz do que precisávamos fazer para aquela cena desse certo”, contou.
Cada cena gravada do filme era acompanhada de perto pelos profissionais da ILM, que estavam o tempo todo no set capturando referências de iluminação e mais.
Trabalho colaborativo
Segundo a ILM, a empresa não teria conseguido sem o trabalho colaborativo junto ao diretor do filme, James Mangold.
“Assim que o filme chegou à pós-produção (momento onde a técnica é aplicada), James estava muito aberto para ouvir as idéias de outras pessoas”, explicou.
Em relação ao Harrison, Robert é direto. “Ficamos impressionados com o que ele é capaz de oferecer, como ele está em forma e o qaunto poderíamos confiar nele dirigindo todos os aspectos da performance”.
Com informações de Variety.