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Técnica brasileira melhora cicatrização de feridas crônicas em 80%
16 de julho de 2023
- Renata Dias
A técnica brasileira que aumentou para 80% a cicatrização das feridas foi desenvolvida no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE).
A técnica brasileira que aumentou para 80% a cicatrização das feridas foi desenvolvida no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE).

Uma técnica brasileira realizada no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), em São Paulo, descobriu uma maneira de melhorar em até 80% o tratamento contra feridas crônicas em pacientes, que causam dor e risco alto de infecção.

Os pesquisadores identificaram a causa das feridas crônicas e detectaram agentes microbiológicos que dificultam a cicatrização. O resultado foi obtido combinando punção aspirativa e biópsia guiada por fluorescência.

Os benefícios foram o fim da infecção nas feridas e o início da concretização das camadas mais profundas. Como consequência, os pacientes passaram a ter menos dor e a redução da secreção no local. A melhoria foi observada no fim da segunda semana do tratamento com antibióticos, e a técnica foi aplicada em 40 participantes, que tinham feridas a partir da diabetes 1 e 2, insuficiência venosa crônica, obesidade ou outras doenças que dificultam a cicatrização.

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Técnicas e resultados

Coordenado pelo infectologista Daniel Lital e orientado pela também infecto, Adriana Macedo Dell’Aquila, o estudo aconteceu entre maio de 2022 a janeiro de 2023, e foi divulgado agora.

A punção aspirativa por pressão negativa, umas das técnicas usadas, é quando se é utilizado uma seringa com uma agulha bem fina para extrair líquidos das camadas mais profundas do ferimento do doente.

Com isso, os pesquisadores conseguem expelir diretamente a secreção, com pouquíssimo, ou quase nenhum contato com a superfície da pele, o que diminui consideravelmente o risco de infecções.

Já na biópsia guiada por luz fluorescente lilás, os pontos que têm maior concentração de agentes infecciosos se destacam quando expostos sob a luz, se tornando mais avermelhados. sozinho, a biópsia conseguiu uma sensibilidade de 90% a microrganismos.

Maior precisão

Para Daniel Lital, o uso dos métodos combinados, ajudam a ter uma maior precisão das causas de infecção nas feridas.

“Em geral, nos casos de análise microbiológica de feridas crônicas, a punção aspirativa não é realizada. Com a pesquisa, queremos demonstrar que o método apresenta melhores resultados quando associado a biópsia”, explicou.

O pesquisador disse ainda que, detectando com uma agilidade o porquê da dificuldade de cicatrização do ferimento, é possível direcionar o tratamento e acelerar a melhora do paciente.

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Bactérias

Entre os principais agentes que infeccionam as feridas dos pacientes, estão Staphylococcus Aureus, Pseudomonas Aeruginosa e Escherichia Coli.

Essas bactérias normalmente são encontradas no corpo humano e não costumam apresentar risco à saúde de pessoas que estão saudáveis.

Mas, uma vez na corrente sanguínea, o problema é outro. Eles desencadeiam processos inflamatórios, e no casos daqueles que têm feridas crônicas, dificultam ainda mais o fechamento do problema.

Participantes

O critério de escolha dos pacientes do estudo, que seriam submetidos a técnica brasileira, levou em consideração aqueles que já estavam em tratamento há pelo menos três meses.

Para ser escolhido, o doente também deveria ter realizado acompanhamento com antibióticos nos 90 dias que antecederam o início da pesquisa.

A técnica brasileira realizada no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), que conseguiu melhorar em até 80% o tratamento contra feridas crônicas,  é uma esperança para milhares de pacientes.

Juntas, a punção aspirativa e a luz fluorescente, melhoraram as dores que os pacientes tinham e aceleraram o processo de cicatrização. Foto: Reprodução/Freepik.
Juntas, a punção aspirativa e a luz fluorescente, melhoraram as dores que os pacientes tinham e aceleraram o processo de cicatrização. Foto: Reprodução/Freepik.

Com informações de Governo de São Paulo.

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