Olha isso! Uma mãe que aproveitava as horas vagas, e estudava enquanto o filho dormia, foi aprovada Medicina em três universidades públicas e uma privada.
Desde 2019, a farmacêutica Bruna Mendes, 34 anos, de Jundiaí (SP), estuda para medicina. Com um ritmo de vida alucinante com o pequeno Rafael, de 2 anos, usou o tempo que era possível. “Estudava muito em recepção de consultório”, lembrou. Foram dois anos de luta.
Determinada, em 2021, a mãe do pequeno Rafael passou em três universidades públicas – USP (Universidade de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual de São Paulo) e Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e uma particular. Bruna optou pela primeira, já está no segundo ano do curso.
Orgulho da carreira sólida
Ao lembrar da trajetória, Bruna disse que não se arrepende de ter feito, antes, farmácia para depois, tentar medicina.
Segundo a universitária, foi como farmacêutica que construiu uma carreira sólida da qual se orgulha. Ela disse ter viajado o mundo e conhecido grandes empresas de medicamentos.
“Percebi que queria cursar medicina no segundo ano de farmácia na Unicamp. Minha mãe queria que eu fizesse medicina”, disse. “Mas teimei e fui fazer farmácia. Fui bem feliz. Viajei o mundo, conheci muitos países. Não tenho do que reclamar. Ganhava bem, tinha uma carreira sólida.”
A busca pelo sonho
Bruna disse que foi o marido Alano, que é farmacêutico e médico, que sugeriu que retornasse aos estudos em busca de conquistar o sonho.
Com apoio dele e com o filho Rafael, ainda bebê, Bruna buscou coragem para recomeçar: “O filho dá esse motivo para redirecionar a vida”, conta.
Bruna começou a estudar, em 2018, até a véspera de dar à luz, mas disse que tentava não criar expectativas.
“Como ia resgatar todo esse tempo de estudo? Competir com alunos que estudam em lugares muito bons?.”
Rafael nasceu em 2019, Bruna deu uma parada e recomeçou devagarinho, em meio à pandemia. Em 2021, foi incentivada por internautas e os coleguinhas de cursinho.
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Rotina
A rotina permitia que ela pegasse nos livros só quando o filho estava na creche ou dormindo.
Rafael precisou de cuidados médicos durante os primeiros anos, o que fez com que Bruna ainda tivesse que frequentar consultórios e hospitais.
“Quando chegava da aula, ficava com meu filho e meu marido. Às 22h, quando eles iam dormir, começava a fazer os exercícios e ia até as 3h. Depois, acordava às 8h.”
O resultado veio logo. No fim do ano, ela recebeu a notícia de que havia passado na Unesp, na USP, na Unifesp e em uma faculdade particular de Jundiaí.
“Muita coisa mudou. Mas me surpreendi muito positivamente com essa nova turminha que está vindo”, disse a estudante.
Com informações do R7