A queda da inflação anunciada nos últimos dias trouxe uma outra expectativa, a de que o corte nos juros será muito mais agressivo, acredita o mercado. Com os dados negativos da prévia da inflação de julho, os investidores ficaram animados.
O levantamento foi feito pela Opção de Copom da B3, a plataforma que negocia a taxa de juros na bolsa brasileira. Antes muito dividido, agora 58% acreditam que o corte será de 0,50, enquanto a queda de 0,25% foi previsto por 38% dos investidores.
A queda de 0,07% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) mexeu com os profissionais financeiros. O IPCA-15 é considerado uma prévia da inflação, que registrou deflação de 0,08% em junho.
Percepção da inflação
Na última terça-feira, dados apresentados pelo Boletim Focus, uma pesquisa semanal do Banco Central (BC) que tem foco na percepção do mercado, mostrou revisões de queda na inflação.
A previsão do IPCA alterou de 4,95% para 4,90%. Para o próximo ano, o mercado também espera cortes. Para 2024, um corte previsto, que estava em 3,92%, passou para 3,09%. Já o de 2025, caiu de 3,55% para 3,50%.
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Taxa de juros
A Selic, taxa básica de juros na economia, vem sendo mantida pelo Banco Central em 13,75% ao ano.
O valor é alvo de críticas do governo federal e de empresários, que argumentam que a taxa básica nesse valor trava a economia e afeta o crescimento econômico do Brasil.
Na semana passada, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), elogiou a economia no governo Lula e criticou a taxa de juros atual.
“Eu acho que as coisas estão caminhando bem. Inflação em queda, câmbio competitivo, reforma tributária aprovada na Câmara, marco fiscal encaminhado…Só faltam os escandalosos juros caírem, e aí nós vamos ter uma geração de emprego ainda mais forte”, disse o ministro.
Apesar das expectativas para um corte agressivo na taxa de juros depois dos dados prévios da inflação, o mercado acredita que em 2023 o valor vai encerrar em 12%.
Já para 2024 e 2025, a taxa deve ficar em 9,5% e 9%, respectivamente.
Com informações de Brasil 123