Pelo menos 25 milhões de pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) vão ter prontuário nacional online, adotado em 41 hospitais públicos federais. A inovação com o uso do aplicativo foi possível pela parceria entre os ministérios da Educação e da Saúde, além da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A medida agiliza o tratamento e as ações que têm de ser adotadas pela equipe hospitalar.
A ordem é para unificar o prontuário nacional online, utilizando o aplicativo, com informações sobre alergias, internações do paciente e medicamentos administrados. Também, por meio do aplicativo, será permitido, por exemplo agendar, marcar e cancelar consultas.
O prontuário é uma espécie de radiografia médica, de enfermagem, da psicologia, da fisioterapia, da nutrição e do serviço social. O documento é confidencial, além da equipe multidisciplinar, apenas o paciente ou responsáveis podem ter acesso.
Expectativas sobre o futuro
O aplicativo está numa plataforma desenvolvida pela Rede Ebserh e conta com o apoio da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, dos ministérios, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde.
Com a tecnologia, o Ebserh estima que sejam economizados cerca de R$ 2 bilhões com tais instalações nos próximos cinco anos, visto que não envolverá o emprego de novos recursos, o que vai gerar uma maior eficiência dos gastos públicos.
Para o presidente do Ebserh, Arthur Chioro, presidente do Ebserh, a medida ajuda inclusive que, no futuro, os pacientes tenham acesso ao receituário médico a partir do aplicativo.
Segundo Chioro, a tecnologia permitirá também que os hospitais possam acompanhar e administrar detalhadamente seus estoques medicamentosos. Cerca de 50 mil profissionais deverão utilizar o aplicativo.
Redução de desigualdades
O aplicativo AGHU é um sistema padrão utilizado por todos os hospitais federais geridos pela Ebserh. Com a tecnologia, os profissionais de saúde podem gerir internações, distribuição de medicamentos, cirurgias e exames de laboratoriais.
A ministra da saúde, Nísia Trindade, disse que, com a inclusão digital da tecnologia, haverá uma redução da desigualdade ao acesso à saúde. “Vai beneficiar a toda linha de cuidado do SUS”, avaliou.
Com a medida, hospitais e postos de saúde estaduais e municipais terão acesso aos dados do Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU), desenvolvido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
O ministro da Educação, Camilo Santana, disse que a medida vai permitir a integração do sistema de saúde e dar eficiência ao atendimento dos pacientes.
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Mais investimentos
Ministério da Saúde vai ampliar o investimento nos serviços hospitalares privados sem fins lucrativos (entidades filantrópicas) que realizam atendimento 100% SUS.
A ideia é investir R$ 82,6 milhões por ano, garantindo investimento total de R$256,7 milhões por ano para as entidades filantrópicas.
No começo deste ano, 119 serviços hospitalares aderiram ao incentivo oferecido ministério via SUS, num total de 18.749 leitos.
Pelo menos 120 outros hospitais já possuem quase a totalidade de seus leitos para o SUS e podem migrar a estrutura de saúde suplementar/privada também para a rede pública.
A ampliação poderá somar mais 700 leitos disponibilizados ao SUS. Essa iniciativa é capaz de reduzir a demanda reprimida de leitos em muitos locais do país.
Nos últimos anos, as entidades filantrópicas enfrentaram crise financeira, fechamento de serviços e diminuição de atendimentos, o que coloca em risco a assistência para a população de várias regiões do país.
Com informações da Agência Brasil.