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Alunos de Escola pública do ES produzem mochila com sensor para cegos 
2 de agosto de 2023
- Vitor Guerras
O aluno Eduardo Jesus, que estuda na escola pública, fez os textos com a mochila para cegos e aprovou o equipamento. Foto: Reprodução/TV Gazeta.
O aluno Eduardo Jesus, que estuda na escola pública, fez os textos com a mochila para cegos e aprovou o equipamento. Foto: Reprodução/TV Gazeta.

Alunos de uma escola pública no Espírito Santo, inovaram e criaram uma mochila com sensor para cegos e pessoas com baixa audição. Eficiente e com baixo custo, o projeto vai representar o Brasil em um evento no México!

O projeto foi realizado por dois grupos de estudantes da Escola Estadual de Tempo Integral Lyra Ribeiros, no bairro Kubitschek, Guarapari. A Madorna, nome dado ao amplificador auditivo, capta o som ambiente e amplifica para fones de ouvido.

Já a mochila, detecta obstáculos em até 180°, emitindo um apito que alerta o usuário. Sob a supervisão de Lúcia Helena Horta Oliveira, professora de Física da escola, os alunos ficaram em 4° e 5° lugares em uma premiação nacional.

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Amigos PCD’s

A iniciativa começou com uma provocação da professora.

“O trabalho do professor é orientar. A gente joga uma pergunta. Eles vão fazer uma pergunta e, a partir dessa pergunta, eles vão descobrir três hipóteses para resolver o problema que seria da comunidade”, explicou Lúcia.

Como os estudantes convivem com amigos na escola que têm deficiências visuais e auditivas, resolveram criar algo para melhorar a qualidade de vida de pessoas muito próximas.

Baixo custo e eficiência

Ambos os dispositivos foram produzidos com materiais reciclados, como restos de sucata e canos, o que garante a eles um custo por menos de R$ 200.

O Madorna surgiu da mistura dos nomes “martelo” e bigorna”, ossos do ouvido.

Lorena de Oliveira, estudante que ajudou no projeto do amplificador, explicou que o som que sai do aparelho tem um som limpo e sem ruídos, não incomodando o usuário.

A mochila, chamada de Vision Assistente Model (modelo assistente de visão), segue a mesma linha e poderá ser usada para pessoas com baixa visão que necessitam de bengala ou cão-guia.

“Por não ter acessibilidade, eles acabam ficando em casa e isso impede de irem para a escola e para o trabalho”, explicou Júlia Aragão, participante do projeto.

Júlia ainda lembra que outras tecnologias parecidas disponíveis no mercado custam entre R$ 14 mil e R$ 16 mil.

“A gente pretende abrir uma startup para disponibilizar esse aparelho e ajudar muitas pessoas”, disse.

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Testado

Os alunos da escola pública Lyra Ribeiros, não perderam tempo e já testaram a mochila para cegos e o amplificador auditivo.

Eduardo Jesus Medeiros Gomes, de 17 anos, tem baixa visão desde os 5 anos e foi a inspiração principal dos colegas na hora de desenvolver o protótipo.

“Ele é bom para pessoas que têm deficiência visual ou que usam bengala”, disse depois de usar o produto.

A inovação foi levada para a feira Movimento Internacional para o Recreio Científico e Técnico (Milset), realizada em junho, em Fortaleza. Ao todo, mais de 200 escolas participaram do torneio.

O bom desempenho no nordeste trouxe aos estudantes a possibilidade de participarem de uma outra exposição, agora internacional. Eles estão buscando apoio financeiro para exporem a inovação no México, em outubro.

A mochila e o sensor auditivo são de baixo custo e feitos com materiais reciclados. Foto: Reprodução/TV Gazeta.
A mochila e o sensor auditivo são de baixo custo e feitos com materiais reciclados. Foto: Reprodução/TV Gazeta.

Com informações de A Gazeta.

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