No mês do Agosto Laranja, que ajuda na conscientização sobre a esclerose múltipla, a doença passa a fazer parte da atualização do rol da ANS (Agência Nacional e Saúde) para a cobertura de tratamento de radioterapia, por exemplo.
Pela determinação, é obrigatória a cobertura obrigatória de procedimentos e tratamentos garantidos pela rede privada de saúde. Com isso haverá acesso ao Ofatumumabe, da Novartis, espécie de radioterapia, incorporado ao rol.
Em estudos clínicos, a taxa anualizada de surtos ajustada nos pacientes tratados com essa medicação corresponde a um episódio a cada 20 anos, o que é considerado bastante positivo.
A medicação semelhante à radioterapia
Ofatumumabe foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 2021 para o tratamento da esclerose múltipla em formas recorrente em adultos.
De aplicação subcutânea, a medicação é um anticorpo monoclonal que atua sobre os linfócitos B, que tem papel relevante na esclerose múltipla por produzirem os mecanismos inflamatórios e degenerativos que atacam a bainha de mielina ( estrutura presente em neurônios).
A mielina é fundamental para a transmissão adequada dos impulsos nervosos.
Tratamento
Antes da inclusão da incorporação de qualquer terapia no SUS (Sistema Único de Saúde) ou na ANS no tratamento da esclerose múltipla, há um intenso debate entre profissionais, pacientes e sociedade.
No caso do Ofatumumabe, foi aberta consulta pública para ouvir opiniões entre junho e julho deste ano. Mais de 3 mil pessoas opinaram. Médicos, cuidadores e principalmente pacientes (por meio das associações) se engajaram e se organizaram para ressaltar a importância do acesso a novas terapias para o manejo da doença e o direito a tratamentos modernos.
Para especialistas, quanto mais alternativas de tratamento estiverem disponíveis para o acesso nos sistemas de saúde, maior será a chance de retardar a progressão da doença.
As causas da doença
Os médicos afirmam que as causas da esclerose múltiplas são variadas, mas listam algumas que consideram frequentes entre os pacientes.
- Predisposição genética (com alguns genes já identificados que regulam o sistema imunológico)
- Combinação com fatores ambientais, que funcionam como “gatilhos”
- Recorrência de infecções virais (vírus Epstein-Barr)
- Exposição ao sol, consequente níveis baixos de vitamina D prolongadamente
- Tabagismo.
Esclerose múltipla, uma doença neurológica degenerativa
A doença fragiliza a bainha de mielina, causada pelas reações das células imunes, que configura a esclerose múltipla.
Pelo menos 40 mil pessoas no Brasil e entre 2 milhões e 2,5 milhões de pessoas no mundo sofrem com a esclerose múltipla.
É necessário um diagnóstico preciso, de preferência no começo da doença, e tratamento precoces para evitar consequências mais graves a longo prazo, como dor, fadiga, perda cognitiva e limitações físicas.
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Sintomas da doença
Os sintomas iniciais da esclerose múltipla se confundem com os de outras doenças, por isso observe:
- Formigamentos e dormências
- Visão dupla ou borrada
- Perda de força muscular
- Problemas de memória e atenção ou alterações de humor, que vem e vão com espaçamento de tempo.
Engajamento nas redes sociais
Pacientes, parentes e amigos se unem aos médicos e especialistas nos esclarecimentos sobre a esclerose múltipla e as redes sociais são o espaço escolhido para os debates.
“Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor é”, alertou o neurologista Herval Ribeiro Soares, nas redes sociais.
O médico acrescentou que: “É doença neurológica que pode ser grave não só por ser progressiva e pelo risco de sequelas neurológicas irreversíveis, mas também por muitas vezes demorar a ser diagnosticada”.
A médica neurologista Fernanda Ferraz, que participa de pesquisas sobre o tema, foi chamada a falar sobre esclerose múltipla na Câmara Legislativa do Distrito Federal [ver abaixo].
Esclerose múltipla entra no rol de tratamento com radioterapia da ANS, Dr. Herval Ribeiro Soares fala sobre a doença:
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A médica Fernanda Ferraz foi à Câmara Legislativa do Distrito Federal para esclarecer sobre esclerose múltipla:
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Com informações do Ministério da Saúde e do Estado de Minas