Agora é confirmado, o Telescópio Espacial James Webb (JWST), da Nasa, descobriu que a Maisie é uma das galáxias mais antigas do Universo, datando mais ou menos 390 milhões de anos depois do Big Bang, algo em torno de 13,4 bilhões de anos atrás.
O método usado para identificar e classificar a idade das galáxias é o redshift, ou desvio do vermelho. Com a técnica, os pesquisadores conseguem identificar o tempo que a luz demora para deixar o objeto que está sendo analisado. Esse desvio revela o afastamento da fonte de luz da terra em alta velocidade, que tende a virar vermelha devido à frequência da luz.
“Os objetos no espaço não vem impressos com um carimbo de tempo. Para inferir quando a luz que observamos deixou um objeto, os astrônomos medem seu desvio para o vermelho, o quanto sua cor mudou devido ao seu movimento longe de nós”, explica Steven Finkelstein, da Universidade do Texas, Austin.
Pesquisas anteriores
O artigo foi publicado essa semana no periódico científico Nature, e sanou as dúvidas que os pesquisadores tinham.
Inicialmente, a equipe pensava que Maisie havia surgido 286 milhões de anos após o Big Bang, mas com ajuda do telescópio James Webb, os pesquisadores descobriram que uma das galáxias mais antigas do mundo tem 390 milhões de anos.
“Essas estimativas foram feitas usando dados coletados pelo CEERS durante o tempo originalmente alocado para a primeira temporada de observação do telescópio”, explicou Steven.
Dados mais precisos
Para sanar a dúvida, foi preciso refinar ainda mais os dados obtidos pelo telescópio.
Solicitando medições com o instrumento Webb’s Near InfraRed Spectrograph (NIRSpec), que divide a luz de um objeto em várias frequências, ajudando na precisão da identificação.
“As estimativas originais de desvios para o vermelho (e, portanto, tempos após o Big Bang) foram baseadas em fotometria, o brilho da luz nas imagens usando um pequeno filtro de frequência ampla”, disse.
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Nem tão antiga
Os astrônomos também descobriram que a CEERS-93316, uma galáxia tida como antiga, tem um desvio para o vermelho mais modesto do que se imaginava.
Um gás quente na 93316 emitia uma luz associadas ao oxigênio e hidrogênio, fazendo com que a galáxia parecesse muito mais azul do que ela realmente era.
“Este caso foi meio estranho. Das muitas dezenas de candidatos de alto desvio para o vermelho que foram observados espectroscopicamente, este é o único caso em que o verdadeiro desvio para o vermelho é muito menor do que nossa estimativa inicial”, explicou Steven.
Com informações de Sci News.