Amor incondicional. Um pai viajou mais de 700 km para doar um rim à filha. Ele saiu de Foz do Iguaçu (PR) para Campo Grande (MS) e reencontrou a filha que só via nas férias.
A doação foi mais além: uniu os dois que estavam sem convivência há 14 anos. Após o transplante de rim e a volta para casa, os dois se reencontraram novamente. O vídeo deste momento, do abraço entre pai e filha, é emocionante e não tem palavras [assista abaixo],
Deoclécio Vechi, de 61 anos, não largava a filha Anna Laura Barros Vechi, de 30 anos. Compatível, ele atendia todas as exigências para ser o doador ideal: saudável, com função renal normal e não apresentava doenças. Hoje os dois vivem bem e com saúde.
Um vínculo ainda mais forte
Pai e filha passaram anos vivendo em cidades diferentes, separados por mais de 700 quilômetros. Agora compartilham a experiência de “terem o mesmo rim” e o amor incondicional.
Anna Laura intensificou a campanha pela doação de órgãos:”Avisem seus familiares em vida. Doem órgãos. Salve uma vida. Esse é um dos maiores gestos de amor que você pode fazer.”
Receio da cirurgia
Ela disse que no coração sempre sentiu que o pai seria o doador do rim para ela.
“Desde o início meus familiares se prontificaram a serem meus doadores, mas, ali eu já sabia que poderia ser o meu pai, por termos o mesmo tipo sanguíneo e ele ser uma pessoa saudável, atendendo às principais exigências”, afirmou.
Porém, a filha vivia o conflito entre o que sentia e o receio de submeter o pai à cirurgia.
“Ele [o pai] sempre quis, desde o início, ser meu doador. Falava muito que queira ser. Eu queria que aparecesse um órgão de doador não vivo, porque não queria submeter meu pai à cirurgia, me sentia muito responsável e preocupada”, lembrou Anna Laura.
O reencontro após a operação
A família contou que o transplante de rim, na Santa Casa de Campo Grande, foi bem sucedido e ambos seguem bem de saúde.
Após o processo de recuperação, Anna Laura foi visitar o pai em Foz do Iguaçu.
O momento do encontro após o transplante é lindo [veja o vídeo].
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Fim das sessões de hemodiálise
Com o transplante de rim bem-sucedido, Anna Laura encerra o ciclo das sessões de hemodiálise. Eram quatro longas sessões três vezes por semana. “É um tratamento bastante exaustivo. Passava todo esse tempo sentada numa poltrona conectada à máquina”, disse.
Ela foi diagnosticada com doença renal crônica em 2018.
O transplante era a única saída para que deixasse de depender da hemodiálise para viver e levasse a mesma rotina de antes.
Desde 2019, a filha e o pai lutam no processo de transplante pela Santa Casa de Campo Grande, uma vez que envolve uma série de ações, sendo bastante lento e burocrático.
Em 14 de dezembro de 2021, foi feita a cirurgia para o transplante, desde então Anna Laura consegue ter uma vida saudável.
Veja aqui como foi o reencontro de pai e filha após a cirurgia para o transplante de rim:
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Com informações do CampoGrandeNews