Nos últimos meses, os brasileiros passaram a consumir mais após o aumento do PIB (Produto Interno Bruto) e a desaceleração da inflação. A avaliação é do IBGE (Instituto de Geografia e Estatística) que registrou que o indicador do PIB cresceu 0,9%, no segundo trimestre de 2023, surpreendendo o mercado.
No período de abril a junho, a economia brasileira avançou 0,9%, uma desaceleração frente à alta de 1,8% registrada no primeiro trimestre, devido ao recuo no agronegócio. A reação teve um efeito imediato na vida prática das famílias brasileiras:
“O consumo das famílias se mostrou resiliente com desempenho acima do esperado”, afirmou Rodolfo Margato, economista da XP. “É um quadro geral positivo.”
Consumo das famílias
O consumo das famílias, verificado pelo aumento e pela qualidade do escolhido, é o principal componente do PIB, observando as despesas com bens e serviços, respondendo a cerca de 60% do indicador.
Com a inflação mais controlada, identificada pelos preços de combustíveis, alimentos e serviços – como transporte público – influenciaram na alta do consumo das famílias, elevando o padrão de vida e a qualidade do produtos consumidos.
Os gastos de consumo do governo cresceram 0,7% neste trimestre, também uma aceleração frente à alta de 0,3% do trimestre anterior. A desaceleração da inflação tem um reflexo imediato no cotidiano das famílias.
Cresceu 3 vezes mais
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad disse ficar feliz com o resultado, já que as projeções do início do ano de crescimento superior a 2% feitas pela pasta estão sendo superadas, e o crescimento do PIB desse ano deve atingir a marca de 3%.
Haddad ressaltou que a projeção média do mercado em janeiro era de crescimento inferior a 1%.
“Nós estamos com um crescimento três vezes superior ao que estava sendo pensado no começo do ano. Isso dá força para a agenda econômica”.
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Comparativos
No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho de 2023, o PIB cresceu 3,2%, diante os quatro trimestres imediatamente anteriores.
No semestre, a alta acumulada foi de 3,7%.
Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre de 2023 totalizou R$ 2,651 trilhões, sendo R$ 2,315 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 335,7 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
No segundo trimestre de 2023, a taxa de investimento foi de 17,2% do PIB, ficando abaixo da observada no mesmo período de 2022 (18,3%).
A taxa de poupança passou de 18,4% no segundo trimestre de 2022 para 16,9% em 2023.