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Mulher transplantada com 1 ano de idade dá à luz ao primeiro filho 20 anos depois
5 de setembro de 2023
- Renata Dias
Paola, que foi transplantada quando tinha 1 ano de idade, ao lado do seu primeiro filho, agora, 20 anos depois - Foto: reprodução / HCPA
Paola, que foi transplantada quando tinha 1 ano de idade, ao lado do seu primeiro filho, agora, 20 anos depois - Foto: reprodução / HCPA

Veja a virada na vida dessa mulher transplantada quando era criança. Aos 13 meses, Paola Luz foi diagnosticada com atresia biliar, doença que bloqueia os dutos biliares e impossibilita o funcionamento do fígado.

Assim, com 1 ano, a menina foi transplantada e agora, duas décadas depois, deu à luz ao primeiro filho. É a renovação do ciclo da vida que segue seu curso graças à solidariedade e empatia com o próximo.

A imagem sorridente de Paola com o primeiro filho é o símbolo de inspiração para a doação de órgãos. A jovem, de 23 anos, é de Porto Alegre (Rio Grande do Sul) e faz parte da chamada grande família do HCPA (Hospital das Clínicas de Porto Alegre).

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Ciclo da vida

Com uma vida saudável,  Paola faz apenas o acompanhamento de rotina no hospital, mas costuma dizer que ali é também seu porto seguro, onde reencontra amigos e o conforto da memória afetiva.

A chefe do chefe da Unidade de Gastroenterologia e Hepatologia Pediátrica e responsável técnica do Transplante de Fígado Infantil, Sandra Maria Gonçalves Vieira, comemorou o primeiro filho de Paola.

Ela diz que é a renovação do ciclo da vida em eterno movimento. “O programa de transplante hepático existe desde 1995 e é uma honra fazer parte de uma história que envolve muita superação e amor”, afirmou.

A chegada do bebê

A superação e a vida de Paola são celebradas agora em dobro com a chegada do bebê, algo que parecia improvável na época em que ela fez o transplante de fígado.

O diagnóstico de atresia biliar é desafiador e encontrar um doador compatível, na idade que a menina tinha, era como se fosse um milagre.

Mas a família de um menino de 4 anos, que morreu, fez a doação e foi a responsável pelo respiro da vida para a Paola.

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Doação de Órgãos

Segundo especialistas, qualquer pessoa pode ser doadora de órgãos quando morrer, exceto aquelas que não apresentavam condições clínicas consideradas adequadas.

É necessário informar à família que quer ser doador de órgãos.

Apenas a família do falecido pode autorizar a doação.

Pela legislação brasileira, somente pode haver a doação quando ocorrer morte encefálica.

Teoricamente, todos os órgãos e tecidos podem ser doados, dependendo da sua condição no momento da retirada.

A retirada ocorre em ambiente hospitalar somente.

Os órgãos que costumam ser doados são córneas, coração, pulmão, fígado, pâncreas e rins.

Os tecidos mais transplantados são as córneas, a pele e os ossos.

Doação em vida

Em situações específicas é possível doar órgãos e tecidos sem estar morto, a chamada doação intervivos.

É o caso de órgãos duplos (por exemplo, os rins), ou de parte de um órgão (por exemplo, o fígado e o pulmão).

Lembre-se: doar órgão é um ato de amor!

Paola, transplantada quando tinha 1 ano de idade, ao lado do primeiro filho, 20 anos depois - Foto: reprodução / HCPA
Paola, transplantada quando tinha 1 ano de idade, ao lado do primeiro filho, 20 anos depois – Foto: reprodução / HCPA

Com informações HCPA

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