Olha que notícia boa! Cientistas norte-americanos criaram um rim bioartificial para libertar pacientes da diálise, milhares de pessoas que sofrem de insuficiência renal.
No estudo publicado na revista Nature Communications, a equipe da Universidade da Califórnia, em São Francisco, detalha como o biorreator projetado pode se conectar diretamente aos vasos sanguíneos e veias, permitindo a passagem de nutrientes e oxigênio, da mesma forma que um rim transplantado faria.
“O rim bioartificial tornará o tratamento para doenças renais mais eficaz e também muito mais tolerável e confortável”, disse o Dr. Shuvo Roy, professor de bioengenharia na Escola de Farmácia da UCSF.
Passou no primeiro teste
É um dispositivo implantável que imita as funções diárias do rim humano, que chega como uma esperança para a longa fila de espera por um transplante de órgão.
O primeiro ensaio clínico mostrou que as células renais, alojadas dentro do dispositivo chamado biorreator, podem funcionar silenciosamente em segundo plano, como um marca-passo e não acionam o sistema imunológico do receptor para atacar e rejeitar o dispositivo.
O dispositivo, desenvolvido pelo Projeto Rim da universidade, foi implantado e testado com sucesso em porcos durante sete dias.
Teste em humanos
O próximo passo será um teste de um mês – primeiro em animais e depois em humanos.
Os cientistas planejam encher o biorreator com células renais adicionais que possam imitar todas as funções, como equilibrar os fluidos do corpo e liberar hormônios para regular a pressão arterial – então, nascerá um rim artificial completo.
“Precisávamos provar que um biorreator funcional não exigiria medicamentos imunossupressores, e conseguimos. Não tivemos complicações e agora podemos iterar, alcançando todo o painel de funções renais em escala humana.”
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Como ele age no corpo
As membranas de silício mantêm as células renais dentro do biorreator protegidas do ataque das células imunológicas do receptor.
A equipe usou um tipo de célula renal chamada célula do túbulo proximal, que regula a água e o sal, como teste.
O coautor H. David Humes, MD, da Universidade de Michigan, já havia usado essas células para ajudar pacientes em diálise na unidade de terapia intensiva com resultados que salvaram vidas.
Eles rastrearam dados das células renais dentro do biorreator e dos animais receptores durante sete dias após o transplante e ambos se saíram bem.
Fila do transplante
Atualmente, mais de 60 mil pessoas no Brasil aguardam por um órgão para transplante. Dessas, mais de 37 mil aguardam um transplante de rim.
Nos Estados Unidos são 500 mil pessoas fazendo diálise várias vezes por semana, onde o sangue é filtrado por uma máquina.
Muitos procuram transplantes renais, mas não há doadores suficientes.
Por isso, esse rim artificial implantável seria uma bênção.
Com informações do GNN