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Cirurgia robótica para câncer de próstata reduz impotência e incontinência urinária
6 de setembro de 2023
- Monique de Carvalho
Hoje a cirurgia robótica é um dos tratamentos mais efetivos contra o câncer de próstata. - Foto: divulgação
Hoje a cirurgia robótica é um dos tratamentos mais efetivos contra o câncer de próstata. - Foto: divulgação

Ganhando cada vez mais espaço na medicina, a cirurgia robótica tem sido uma aliada e tanto no tratamento para o câncer de próstata. Hoje além de reduzir os riscos de morte e favorecer a recuperação do paciente, o procedimento reduz as chances de incontinência urinária e de impotência sexual.

A técnica não é tão recente, mas ainda está em expansão. A primeira cirurgia robótica para câncer de próstata no Brasil foi realizada em 2008 e hoje o número de procedimentos se aproxima dos 40 mil, com estimativa de aumento de 20% ao ano, de 2022 em diante, segundo dados do INCA.

Um dos precursores da cirurgia robótica no Brasil, o cirurgião Marcos Dall’Oglio contou ao Só Notícia Boa que migrou para esta nova modalidade porque “a técnica é mais delicada e pouco agressiva, preservando estruturas nobres com melhores resultados para a qualidade de vida do paciente”.

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Menor risco de complicações

A prostatectomia radical é o tratamento mais utilizado para o tumor na próstata, segundo mais comum entre os homens (atrás do câncer de pele não-melanoma).

O médico alerta que o grande problema da cirurgia aberta é o risco de sequelas, como a incontinência urinária e a disfunção erétil. Quando a prostatectomia radical é realizada por cirurgia robótica as chances de incontinência urinária e de impotência sexual reduzem significativamente.

“A glândula, que produz parte do sêmen, fica numa região muito rica em estruturas vasculonervosas e do esfíncter urinário”, explica o urologista Marcos Dall’Oglio.

“Eu fiz a cirurgia robótica para retirar o câncer de próstata em outubro de 2021. 24 horas depois tive alta e saí andando do hospital. A incontinência urinária acabou 3 meses depois e a urina voltou ao normal. A ereção também voltou. Fiquei zerado. O plano de saúde não cobriu a cirurgia robótica na época, tive que pagar, mas foi o melhor investimento que fiz”, afirmou o jornalista Rinaldo de Oliveira, de Brasília.

Infelizmente, a cirurgia robótica ainda não é coberta por planos de saúde no Brasil. Alguns pacientes conseguiram entrando na justiça.

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Como funciona a cirurgia

Com a cirurgia robótica, o cirurgião tem uma visão ampliada e em alta definição, permitindo uma precisão bem maior para fazer o procedimento.

Os instrumentos cirúrgicos delicados ajudam a reduzir significativamente o sangramento durante a operação e as incisões são muito pequenas.

Isso resulta em menos dor e trauma para o paciente, que se recupera mais rápido com menos tempo de internação e retorno antecipado à rotina. Em alguns casos a alta hospitalar ocorre 24 horas depois da cirurgia.

O câncer de próstata é mais comum depois dos 55 anos de idade. Os fatores de risco para a doença relacionam-se a homens com histórico familiar do tumor, sobrepeso e avanço da idade.

A prevenção anual é fundamental para a detecção precoce da doença.

Dr. Marcos Dall'Oglio foi um dos precursores da cirurgia robótica no Brasil - Foto: divulgação
Dr. Marcos Dall’Oglio foi um dos precursores da cirurgia robótica no Brasil – Foto: divulgação
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