Com moderação, beber cerveja faz bem para o intestino e para o sistema imunológico, segundo um estudo recente. O segredo está na combinação de polifenóis, fibras e etanol presentes na bebida que são excelentes para estimular o sistema imunológico.
A descoberta foi feita por pesquisadores da Dalian Medical University, na China. Eles notaram que a velha e boa cervejinha pode, por exemplo, prevenir doenças cardíacas e melhorar a circulação sanguínea.
Os cientistas recomendam beber, por semana, meio litro de cerveja de baixo teor alcóolico – ou sem álcool – para estimular o sistema imunológico por causa de uma coleção de bactérias saudáveis que beneficia o intestino. Mas eles também alertam:
O alerta
O consumo excessivo de álcool aumenta o risco de problemas de saúde graves, como doenças cardíacas, derrame, doenças hepáticas e vários tipos de câncer.
Para manter os riscos do álcool num nível baixo para a saúde tanto os homens como as mulheres são aconselhados a não beber mais do que 14 latinhas por semana.
Para os cientistas, as cervejas com baixo teor de álcool ou sem álcool são as mais adequadas para serem usadas como alimentos funcionais.
Eles recomendam que futuramente sejam chamadas de ”cervejas saudáveis”, uma vez que levam na produção substâncias bioativas, como fibras, antioxidantes e probióticos.
A ideia é que, no futuro, a cerveja produzida conforme as instruções específicas venha a ser usada de forma medicamentosa no tratamento de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e obesidade.
Essa expectativa existe porque a cerveja contém substâncias que atuam como moduladores microecológicos que podem contribuir na prevenção de doenças, como o câncer e cardiovasculares.
Os pesquisadores se baseiam no potencial antiinflamatório, anticoagulante, antioxidante e modulador do metabolismo glicolipídico presente na cerveja.
Os probióticos
Os probióticos, que são ativados com o consumo da cerveja, são bactérias e leveduras vivas, que muitos defendem como positivos para ativar o organismo para restauração do equilíbrio natural do intestino.
Além da cerveja, estão presentes também em bebidas e alimentos, como kimchi, kombuchá, queijo, coalhada e iogurte.
“Como uma bebida fermentada há muito estabelecida, a cerveja é rica em muitos aminoácidos essenciais, vitaminas, oligoelementos e substâncias bioativas que estão envolvidas na regulação de muitas funções fisiológicas humanas”, diz o artigo científico.
Cuidado com o consumo
A Organização Mundial de Saúde (OMS), por exemplo, considera um consumo máximo de 21 unidades de álcool por semana para homens e de 14 unidades de álcool para mulheres. Os dados estão na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).
Além disso, faz alerta para o chamado “bebedor excessivo episódico”, que é a pessoa que consome, de uma vez, mais da metade da quantidade recomendada de álcool por semana.
Passar da moderação para o excesso no caso da cerveja pode levar a problemas de saúde, como dependência, hipertensão, risco de acidente vascular cerebral e vários tipos de câncer.
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Atenção e alerta
De acordo com a pesquisa, a saúde como um todo melhora quando há um consumo moderado de cerveja.
“O risco de morte é menor em bebedores leves e moderados e maior nos demais consumidores”, diz o texto. “O risco de morte é menor em bebedores leves e moderados e aumentado em bebedores pesados.”
Para o professor Naveed Sattar, da área de saúde cardiovascular e metabólica na Universidade de Glasgow, Escócia, é preciso ter cautela com este estudo.
“É verdade que alguns dos ingredientes contidos na cerveja podem ter impactos positivos na saúde, mas são facilmente superados pelo próprio álcool”, alertou.
Com informações Daily Mail e The Gleaner