Uma empresa contratou uma mãe que sofreu discriminação durante uma entrevista de emprego, no Espírito Santo, por ser mãe. A mulher, que compartilhou a conversa onde era discriminada pelo recrutador, agora celebra que conseguiu uma vaga em outro lugar. Ela começa na próxima segunda!

A administradora Samara Braga tem 32 anos e mora em Cariacica. Desempregada há dois meses, ela procurava vagas no Linkedin. Quando pensou que havia encontrado uma vaga incrível, ela revelou que o recrutador a discriminou porque tem um filho.

Agora, três dias depois do acontecido e da repercussão do caso, Samara conseguiu o novo emprego! Ela foi convidada para ser efetivada no Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (Detran), onde já cobria atestado médico e férias de outras funcionárias.

História comoveu

A postagem compartilhada pela mulher após sofrer discriminação viralizou. Foram mais de 27 mil curtidas e quase 4 mil comentários.

Nas imagens, é possível ver que a entrevista entre ela e o recrutador estava marcada para às 9h. O homem só foi aparecer quase duas horas depois, momento em que Samara já não poderia mais participar. Ela estava prestes a levar o filho para a escola.

O homem respondeu então que seria difícil contratar pessoas que têm filhos e disse a Samara que ela precisa focar.

“Não acho difícil trabalhar com quem tem filho não, difícil é trabalhar com quem não tem compromisso e não respeita o tempo do outro. Estou muito focada, neste momento meu foco é pagar minhas contas e não morrer de fome”, disse ela em resposta.

Emprego chegou

A notícia boa veio logo em seguida! Foram 3 dias que separaram Samara do ato discriminatório e uma nova vaga.

Ela foi efetivada na empresa em que estava trabalhando temporariamente e sua nova rotina de trabalho começa na próxima segunda (18).

“Uma das funcionárias está se desligando e a dona me convidou para ficar no lugar dela, porque já estou acostumada com o sistema”, explicou Samara.

Além do emprego, Samara também produz pudins e bolos, e agora vai se dividir entre as duas atividades.

“A produção de doces é uma renda extra para mim. Agradeço o apoio que recebi desde a publicação no Linkedin”, disse

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“Respeitem”

Samara também pediu respeito e explicou que recebeu diversos relatos de mulheres que também passaram por situações semelhantes.

“Não estamos pedindo nenhum favor, só que nos respeitem e avaliem nossas habilidades e competências, sem negar a existência da nossa maternidade”, pediu.

E foi além:

“Ser mãe nunca deveria ser motivo para desqualificar uma candidata, pois além de exigir muita responsabilidade, somos nós quem educamos o futuro da sociedade”, disse.

Samara é formada em administração e também vende bolos, pudins e tortas para complementar renda. Foto: Reprodução/Samara Braga.

Com informações de A Gazeta.