Pelo menos 60% dos beneficiados com o Programa Fome Zero saíram da faixa de pobreza do país. E mais: parte dessas famílias subiu para a classe média. É o que mostra um levantamento que está sendo concluído pelo governo e foi adiantado nesta terça, 19, em Brasília.
O ministro Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, disse que até a próxima semana, o governo federal revelará os dados completos sobre como estão as famílias beneficiadas pelo Fome Zero, lançado em 2003.
As autoridades querem mostrar que o combate à fome e à desigualdade social está diretamente relacionado ao estímulo à educação, à saúde pública e, consequentemente, ao desenvolvimento do povo brasileiro.
Meninos que se tornaram advogado e professor
O ministro afirmou que fome se vence com educação:
“O alicerce para vencer a fome e a pobreza é a educação”, afirmou ele. “Nenhuma [ferramenta contra a desigualdade social] é tão potente quanto a educação.”
O ministro contou a história de Natanael e Heráclito. Dois garotos pobres, filhos de família que recebia benefícios sociais e que, por intermédio da educação, venceram todas as barreiras e construíram carreiras sólidas.
Atualmente Natanael se formou advogado e Heráclito professor de Tecnologia de Informação. Ambos superaram as dificuldades com apoio dos programas sociais e pela educação.
Resgatar crianças do analfabetismo
Wellington Dias reiterou a importância de unir esforços em distintas áreas para resgatar crianças e adolescentes do analfabetismo e da pobreza.
Segundo ele, a desigualdade social causa indignação e não se pode viver com este sentimento. “É preciso ter respeito ao ser humano. Temos de pensar na paz, nos direitos humanos.”
O ministro participou nesta quarta, 20, do Seminário Nacional pela Alfabetização 2023, um dos maiores eventos sobre o processo para alfabetizar crianças do país, em Brasília (DF).
Tirar o Brasil do mapa da fome
Wellington reiterou que o esforço coletivo é para retirar o Brasil do chamado mapa da fome mundial, promessa feita pelo presidente da República ao falar nesta terça (19) na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
“Nós vamos, novamente, tirar o Brasil do mapa da fome. O Plano Brasil sem Fome, lançado por ele [Lula] no meu estado, no Piauí, tem essa missão”, disse o ministro.
Wellington afirmou que: “Estamos abraçando com todo carinho o desafio. Garantir que a gente tenha transferência de renda, complemento de alimentação, mas também o caminho de tirar da pobreza e da promoção social”.
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Dados oficiais
Pelos dados oficiais, em 2018, no Brasil havia 18% na faixa da pobreza.
De acordo com os números, são 94 milhões de pessoas inscritas no Cadastro Único, prontas para receberem os benefícios sociais, o equivalente a 45% do total.
Hoje, quase 55 milhões de pessoas são beneficiárias do Auxílio Brasil.